top of page
Maria Helena da Silva Lima

LETRAMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL COM ALFABETIZAÇÃO SIGNIFICATIVA EM EAD

TLITERACY IN ELEMENTARY EDUCATION WITH MEANINGFUL LITERACY IN DISTANCE LEARNING





Como citar esse artigo:


LIMA, Maria Helena da Silva; SILVA, Edileuza Castro da; SANTANA, Deuzirene Castro. Letramento no ensino fundamental com alfabetização significativa em EaD. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 337-351. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.018



Autoras:



Maria Helena da Silva Lima

Graduação em Pedagogia - Faculdade de Educação Regional Serrana, Funpac. - Contato: mariahelenadasilvalima7@gmail.com


Edileuza Castro da Silva

Graduação de Licenciatura em Pedagogia _Centro Universitário Claretiano . Pós-graduação: "Latus Sensu" em Psicopedagogia Educacional, Alfabetização e Letramento pela Faveni - Faculdade venda nova do imigrante. – Contato: edileuzacastro1234@gmail.com


Deuzirene Castro Santana

Graduação em Pedagogia -UEPA -Universidade do Estado do Pará; Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional - Universidade Cândido Mendes. - Contato: deuzirenecastro67@gmail.com

  Baixe o artigo completo em PDF


RESUMO


A modalidade em EaD trouxe novos desafios em conhecimentos sobre a compreensão da alfabetização e o letramento, que direcionou a somatória de finalidades para uma formação integral. A justificativa para o tema foi a exploração dos enigmas do ensino-aprendizagem agora que foi identificado em pesquisas teóricas sobre o Ensino Fundamental a desigualdade dos alunos ao discutir sobre teóricos que colaboraram para uma educação com fundamentos em pesquisas ao longo da história da Pedagogia no Brasil. A questão da introdução da literatura infantil para a formação de leitores alfabetizados e gradativamente serem letrados. o professor é o sujeito que constrói conhecimento junto os alunos numa troca de experiências recíprocas do conhecimento numa relação sujeito-objeto. aprendizado da leitura e o exercício constante dessa atividade criam uma representação visual da palavra escrita, que vai sendo guardada nesse vocabulário individual, apropria-se de palavras. contextualização para alfabetização e letramento nos iniciais deve ter como propósito de processo de construção da identidade social. Os procedimentos de pesquisa foram: fichamento, leitura crítica, resumos, paráfrases. A obra de Emília Ferreiro fala sobre como o aluno aprende no processo de alfabetização. E outros autores que contribuíram bastante.

 

Palavras-chave: Alfabetização; Letramento; Ensino fundamental; Literatura; Níveis de escrita.

 

ABSTRACT

 

Distance learning has introduced new challenges in understanding literacy and literacy education, directing a cumulative set of goals towards comprehensive education. The justification for the theme was the exploration of the enigmas of teaching and learning, now that research has identified in elementary education the disparity among students when discussing theorists who have contributed to an education founded on research throughout the history of Pedagogy in Brazil. The issue of introducing children's literature for the development of literate readers who gradually become literate is also addressed. The teacher is the individual who builds knowledge with the students through a reciprocal exchange of experiences in a subject-object relationship. Learning to read and the constant practice of this activity create a visual representation of the written word, which is stored in this individual vocabulary, appropriating words. The contextualization for literacy and literacy education in the early stages should aim to be a process of constructing social identity. The research procedures were note-taking, critical reading, summaries, and paraphrasing. Emília Ferreiro's work discusses how students learn in the literacy process, along with other authors who have made significant contributions.

 

Keywords: Literacy; Literacy education; Elementary education; Literature; Writing levels.

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

A modalidade em EaD trouxe novos desafios em conhecimentos sobre a compreensão da alfabetização e o letramento, que direcionou a somatória de finalidades para uma formação integral, mas também a possibilidade de intervenção criativa com recursos tecnológicos que iram auxiliar no processo ensino-aprendizagem.


“Em nossa sociedade em pleno século XXI vem fortemente crescendo a procura da modalidade (EAD) devido a fatores que impulsionam o mercado de trabalho, devido à era tecnológica que fazemos parte” (Fontes,2016), foram comprovados por estudos realizados em fontes teóricas.


Pesquisou-se para resolver as indagações: Nos anos iniciais acontece de fato o letramento e alfabetização de maneira indissociáveis? Nas orientações do MEC para o trabalho com a linguagem escrita na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental:


Parte-se do pressuposto de que a experiência da narrativa ficcional e da poesia deveria anteceder a aquisição do código da escrita. Antes de saber ler, a criança já pode conhecer – se lhe são contadas histórias, recitados poemas, cantadas cantigas – alguns gêneros da literatura. Este é um dado importante quando se pensa na formação de leitores, sobretudo na faixa que se estende da Educação Infantil aos primeiros anos do Ensino Fundamental, quando se dá o processo de alfabetização propriamente dito (MEC).

 

Quanto aos aspectos do desenvolvimento para possíveis causas e soluções para a diferença entre idade/série, na alfabetização de educandos infantis que estão nos anos iniciais do Ensino Fundamental; enfatizando-se a tríade: educar, aprender e compartilhar conhecimentos na interação da criatividade no processo de ensino e aprendizagem.


Nessas etapas da educação básica houve a percepção de práticas pedagógicas que de fato colocassem em evidência:

 

Para estimular os alunos a praticar as habilidades de leitura e de escrita, é comum os professores usarem recursos lúdicos. A aprendizagem acontece com mais facilidade quando permeada por aspectos afetivos e pela capacidade de relacionar as novas aprendizagens com os conhecimentos já adquiridos. “Não se trata apenas de imprimir prazer no ato de aprender. Nesse contexto, falamos em permitir que a criança construa relações entre aquilo que está aprendendo de novo com o que ela já conhece”, argumenta Nádia apud et al SANTOS, (2020) apud et al Nova Escola.

 

A metodologia que foi exposta segundo Justino (2011, p.23) “Pesquisa teórica: tipo de pesquisa que não está relacionada à intervenção imediata da realidade, mas tem papel importante e decisivo quando existem condições e possibilidades de intervenção.” 


A justificativa para o tema foi a exploração dos enigmas do ensino-aprendizagem agora que foi identificado em pesquisas teóricas sobre o Ensino Fundamental a desigualdade dos alunos entre leitura de textos,  e a compreensão deles, em contraposição de letramento e alfabetização para possíveis diagnósticos e apontamentos para novas estratégias de ministrar aulas com

Em diversos períodos que foram demonstrados nitidamente em introdução, fundamentação teórica, fundamentação metodológica que se dividem em: procedimentos metodológicos, e considerações finais e resumo e referências (FONTES, 2016).


O papel das teorias é iluminar e oferecer instrumentos e esquemas de análise e investigação que permitam questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos, e, ao mesmo tempo, colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicações provisórias da realidade (Pimenta; Lima, 2004, p.43).

 

A pesquisa científica veio com o propósito de mudanças, precisou-se e foi devido à comprovação dos fatos ou não dependendo das ferramentas utilizadas no processo de investigação, e permitiu-se um norte para quem quer respostas aos problemas mais imediatos e para definir se tem resolução ou não de tal fato (FONTES, 2016).

 

2. A CONSCIENTIZAÇÃO ALFABETIZADORA COM LETRAMENTO NA VISÃO HISTÓRICO-CRÍTICO

 

Ao discutir sobre teóricos que colaboraram para uma educação com fundamentos em pesquisas ao longo da história da Pedagogia no Brasil, não pôde esquecer-nos de muitos nomes renomados como Couto em livro “Ensino Fundamental Caminhos para uma formação integral”, a autora nos fez um convite para a reflexão sobre um ensino fundamental e suas práticas educativas na narração construídas de memórias da educação numa perspectiva abrangente em nosso país (FONTES, 2016).


Segundo Couto (2011) fala sobre a história da educação:

A história da educação brasileira não pode ser analisada separadamente da história do Brasil, no que tange a seus aspectos políticos, sociais, e econômicos, uma vez que a educação é uma prática social que contribui para a formação e atividade humana.

 

Se fundamentou a autora ainda na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96 quanto a Educação básica:


A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (Art. 21, cap. II, Seção I).

 

Teve o intuito de dar suporte educacional ampliou-se o tempo de convívio escolar, através da lei ordinária 11.274/06, a regulamentação da lei aumentou a educação do ensino fundamental para nove anos, tendo obrigatoriedade em todas as escolas públicas e privadas do país e sendo que foi estabelecido um prazo máximo para se adequarem aos novos níveis de ensino, que era até o ano de 2010 (FONTES, 2016).


Nesse foco de entendimento coube aqui à questão da introdução da literatura infantil para a formação de leitores alfabetizados e gradativamente serem letrados, a educação brasileira esteve sempre atrelada ao contexto histórico, social, político e principalmente ao cenário econômico (FONTES, 2016).


Paulo Freire (1996, p.25) destacou sobre a formação docente:


Minha formação é permanente. Começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a que me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe que e que são a mim transferidos.  

 

Ou seja, o professor é o sujeito que constrói conhecimento junto os alunos numa troca de experiências recíprocas do conhecimento numa relação sujeito-objeto, mas ocorrem transformações, essas por sua vez formam novos conhecimentos entre sujeitos e objetos.


Para Bossi et al (2004, p. 71) é preciso inverter uma política educacional que tem valorizado as coisas em detrimento das pessoas. Nesse sentido é inserida a questão identidade dos sujeitos críticos e conscientes de suas histórias, culturas estabelecendo uma nova relação social.


Com o novo conceito de sujeito histórico foi questionado a respeito de como foi e é relevante pensar e agir na construção da identidade, de agentes de pluralidade de diversas culturas e modos de viver para significar e ressignificar as realidades, os contextos históricos vivenciados na atualidade.


Que são os estágios de desenvolvimento cognitivo de Piaget apud Gonçalves (2007):


1º estágio Sensório-motor: (recém-nascido e lactente – 0 a 2 anos): a criança conquista seu mundo através da percepção e dos movimentos, de todo o universo que a cerca. 2º estágio Pré-operatório: (a 1ª infância dos 2 a 7 anos): o mais importante é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar as modificações nos aspectos intelectual, afetivo-social da criança (interação social). 3º estágio Período das operações concretas: (a infância propriamente dita dos 7 aos 11 ou 12 anos): a criança apresenta a capacidade de reflexão, que é exercida a partir de situações concretas no seu desenvolvimento mental, ela adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores. 4º estágio Período das operações formais: (a adolescência – dos 12 em diante): passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato; o indivíduo realiza as operações no plano das ideias, sem a necessidade de manipulação ou referenciais concretos. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. E criar teorias sobre o mundo, principalmente sobre os aspectos que gostaria de reformular. Capacidade está de reflexão espontânea, que descola da realidade é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses.

 

 Destacou um anexo de situações que entrelaçaram com a alfabetização das crianças são eles: adaptação, acomodação, assimilação e desequilíbrio, Piaget considerou a “experiência”, pois sem ela não tem aprendizado, quando se mencionou que cada novo aprendizado construirá muitos outros conhecimentos, “como uma porta que se abre e libera novas sensações, realizações e conquistas” (FONTES,2016).


Na relevância do tema alfabetização e letramento para a compreensão foi preciso considerar as zonas de desenvolvimento: o real e o potencial na pesquisa de Vygotsky (1984):


Entende-se por nível de desenvolvimento real aquela aprendizagem que já se tornou conhecimento, aquilo que a pessoa já sabe (pensar em alguma coisa que você aprendeu e já saber fazer, como tocar piano, pentear o cabelo, andar de bicicleta). No caso das crianças, trata-se daquilo que sabe fazer sozinha, de forma independente (cortar com a tesoura, por exemplo). A zona de desenvolvimento potencial é referente ao que a criança não consegue fazer sozinha, porém, pode fazer com a mediação de outra pessoa (que pode ser adulto ou não).

 

Fez-se necessário, antes de qualquer coisa, mencionar aqui nesse texto os objetivos dos PCNS para o Ensino Fundamental que os alunos sejam aptos há:

 

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; utilizar diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunica suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.

 

 As capacidades integrais das crianças entre diferentes linguagens atendendo a demanda social que exige diretamente e indiretamente da escola essa responsabilidade de conhecimentos construídos entre as relações: professor-aluno; aluno-professor; aluno-aluno; professor-professor (FONTES,2016).

As habilidades da língua têm por finalidades na escola a formação de cidadãos críticos e conscientes, e um dos caminhos para alcançar essa meta é estimular com criatividade a competência e a habilidade no aluno respeitando as particularidades.


 Existem numerosos autores que acreditaram piamente no desenvolvimento das habilidades de forma assistemática, ou seja, através de uma educação informal (na família e na comunidade que estamos inseridos).

Mas também pôde desenvolver a capacidade linguística de maneira sistêmica por meio de exercícios com direcionamentos e planos de ensino proposto para organizar ideias, relacionar-se melhor com o outro, necessitou-se conceber esquemas para interpretar, ser relevante na criatividade, compreender as pessoas e criar empatia social (FONTES, 2016).


Já ao ouvir percebeu-se é uma ação automática, sem nenhuma interpretação do ouvinte simplesmente ouve um ruído, uma voz, um barulho. Segundo Gomes (2012, p. 103) “Para nós, o que interessa é que o processo da compreensão auditiva envolve uma parte anatômica, uma psicológica e outra social”.


Devem-se envolver nesse entendimento das definições concomitantes três pontos significativos do processo. Nesse sentido novamente Gomes (2012) foi enunciado para relatar sobre esses fatores:


Vários fatores intervêm na compreensão oral e atingem a comunicação, a rapidez do pensamento – nosso pensamento trabalha numa velocidade muitas vezes mais rápido que a da transmissão das palavras. A audição é seletiva – ouvimos o que é relevante para nós. E quanto mais experiência nós temos, mais seletivos ficamos; os prejulgamentos – costumamos interpretar o que ouvimos de acordo com a nossa visão de mundo, e, muitas vezes, isso nos leva a uma interpretação distorcida do que ouvimos; influência do ambiente – os ruídos, as imagens, as atividades no ambiente podem provocar distrações e intervir na compreensão do que ouvimos.

 

A linguagem escrita é uma criação do homem e existe apenas em parte das sociedades humanas’ (Gomes, 2012, p.108). As características dessa linguagem vão mais além do que um mero olhar num texto de dados visuais, gestuais, é capacidade  de compreender o que se escreve, identificou-se o que esteve em perspectiva educativa.


Podendo escrever, conseguiu-se entender a escrita gradativamente levando ao letramento propriamente dito. O aprendizado da leitura e o exercício constante dessa atividade criam uma representação visual da palavra escrita, que vai sendo guardada nesse vocabulário individual, apropria-se de palavras.
Promover o encontro das crianças com o texto literário, desde o início do processo de alfabetização, constitui, como já dito antes, um desafio tanto para quem propõe, quanto para quem se dispõe. O professor é, sem dúvida, um sofrido protagonista neste processo. Que ferramentas utilizar para aproximar as crianças da leitura literária sem tornar a Literatura intangível, ou sacralizada, em suma, sem tornar inexequível a tarefa didática (MEC, 2006, p.129).

 

Com o objetivo para um conhecimento aprofundado dos alunos com visão pra o letramento, nesse percurso obtém-se uma posição com consistência que leva ao rumo das fazes do desenvolvimento e das fases da leitura, precisa considerar psicossocial.


A obra de Emília Ferreiro fala sobre como o aluno aprende no processo de alfabetização. Segundo Dalla Valle (2013, p.40) “É preciso considerar que há um movimento interno no sujeito que aprende que o faz refletir sobre o que está construindo”. Nesse sentido Ferreiro, Teberosky (1985, p.29) aponta questionamentos:


Um sujeito intelectualmente ativo não é um sujeito que “faz muitas coisas”, nem um sujeito que tem uma atividade observável. Um sujeito ativo é um sujeito que compara, exclui, ordena, categoriza, reformula hipóteses, reorganiza etc. Em ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu nível de desenvolvimento). Um sujeito que está realizando algo materialmente, porém, segundo as instruções ou o modelo para ser copiado, dado por outro, não é habitualmente, um sujeito intelectualmente ativo.

 

Nas palavras dessas autoras, elas explicam para ser um sujeito ativo, crítico, no que se refere ao processo da alfabetização e letramento diz o seguinte que para aprender não é preciso mecanizar atividades para que façam o sujeito pensar e elaborar seus conhecimentos, formular suas hipóteses a respeito do que foi ensinado, discutido. E considerar sobre os níveis de desenvolvimento da escrita por Ferreiro apud Cocco; Hailer, (1996).


Nível pré-silábico - neste, a escrita da criança não tem correspondência com o som. Ela registra garatujas, desenhos sem configuração e, mais tarde, desenhos com configuração. Na sequência registra símbolos e pseud. letras (traçado que reflete seu modo particular de escrever); Nível silábico - ao escrever, a criança conta os pedaços sonoros – as sílabas das palavras e das frases e usa uma letra para representar cada sílaba. As letras podem ou não ter valor sonoro convencional, ou ainda uma letra para cada sílaba sonora, mas sem correspondência com o som convencional. A criança escreve somente com vogais, ou somente com consoantes; Nível silábico-alfabético - a criança compara escritos ou percebe que os adultos não conseguem ler o que ela escreve. Ela, então, avança para outra fase, na qual o valor sonoro torna-se fundamental, e começa a acrescentar letras principalmente na primeira sílaba; Nível alfabético - a criança agora consegue ler e expressar graficamente o que pensa ou fala. Porém escreve foneticamente (ou seja, faz a relação entre som e a letra.) e ainda não consegue ortograficamente. Por isso, são comuns palavras escritas com pequenos erros.

 

Com essa nova visão do aprendizado da escrita distribuída em níveis de desenvolvimento, ficou em evidência conceitos que antes não tinha valor pedagógico, contudo, foi alterado significantemente aquilo que era visto como rabisco feito pela criança, hoje não pode ser entendido com rabisco e sim como um nível de aprendizado que é o pré-silábico (FONTES,2016)


E outro ponto que foi questionado é a questão do erro foi modificada porque as maneiras de tentar escrever na linguagem convencional eram tidas como padrão. E não sendo iguais a estas eram consideradas com erronias, já depois das hipóteses de Emília Ferreiro esse conceito clareou ressignificados com bastante peso teórico (FONTES,2016).


 “Quem ensina a leitura, deve ser um bom leitor. A partir desse pressuposto ressaltamos que o professor precisa gostar de ler, ler muito e envolver-se com o que lê” (Lajolo, 2005, p. 107).


A indissociabilidade do processo ensino-aprendizagem nos primeiros níveis do Ensino Fundamental quanto no quesito alfabetização e letramento na atualidade pôde-se perceber que é interessante, e mais ainda é necessário à elaboração de uma fundamentação de didáticas eficazes para a formação de mentes críticas e conscientes de seu papel na sociedade, por essa razão tão conscientizadora, temos que permitir e nos permitir evolução de nossas capacidades (FONTES,2016).  


Desse modo segundo Giraldi (1996, p.19) nossa compreensão como sujeitos também está relacionada ao processo histórico da origem da linguagem:

O sujeito se constitui como tal à medida que interage com os outros, sua consciência e seu conhecimento de mundo resultam como “produto sempre inacabado” deste mesmo processo, no qual o sujeito internaliza a linguagem e constitui-se como ser social, pois a linguagem não é trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e para os outros e com os outros que ela se constitui. Isto implica que não há um sujeito pronto, que entra na interação, mas um sujeito se completando e se construindo nas suas falas e nas falas dos outros.

 

Esse entendimento nos levou a acreditar em convicções de que nós como sujeitos de atitudes próprias independentes, também precisamos e necessitamos da convivência social e ativa.


Isso porque cada indivíduo é único, e, por meio de seus processos psicológicos mais sofisticados (que envolvem consciência, vontade e intervenção), constrói seus significados e recria sua própria cultura (Vygotsky, 1991, p.64).

Nesse apontamento nos referiu que para uma alfabetização letrada deveu-se ter consciência, para ter e obter conhecimento numa sociedade do conhecimento complexo, cheios de variedades, de códigos tecnológicos e linguísticos deve-se ser um sujeito atuante, ativo no ato pedagógico (FONTES, 2016).


Quanto as atividades de leitura podem-se evidenciar as sugestões propostas por Russo (2012, p.60) que fala como proceder ou desenvolver um trabalho pedagógico:


As atividades são sugestões de como proceder ou desenvolver um trabalho pedagógico. Todas elas podem – e devem adaptadas de acordo com cada turma. O desenvolvimento dessas atividades pode ter resultado diferente do que se encontra aqui exemplificado, em decorrência não só do modo de conduzir o trabalho, mas também do envolvimento, interesse o desenvolvimento da classe. O professor deve estimular e desenvolver a linguagem oral e escrita e o trabalho com letras, frases e textos durante todo o ano, adequando as atividades às hipóteses dos alunos. O professor deve saber quais as atividades podem ser desenvolvidas com sua turma e em que momento serão bem aproveitas pelos alunos. A ordem sugerida não é estática nem rígida. Mais uma vez, é preciso levar em consideração o nível de cada turma. Embora os assuntos estejam separados em capítulos para facilitar a leitura, o professor deve abordar todos os itens simultaneamente. Trabalhando ao mesmo tempo, por exemplo, os nomes dos alunos e as palavras-temas propostas pela classe e/ou direcionadas, provavelmente passará por todas as combinações de letras que nossa língua permite. As noções básicas norteadoras da prática de escrita e a gramática vivenciada sem regras deverão ser desenvolvidas de maneira gradativa, permeadas pela linguagem oral, pelo diálogo e interação entre os alunos, com aplicação imediata nas produções.

 

Com a mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem para a construir a aprendizagem significativa a partir dos conhecimentos anteriores, dever fazer uso de procedimentos e instrumentos como atividades que oportunize ao aluno essa interação interdisciplinar e com bastante estímulos pedagógicos, lúdicos, atitudinais (FONTES,2016).


O levantamento da contextualização para alfabetização e letramento nos iniciais deve ter como propósito de processo de construção da identidade social permitindo-se uma relação de interligação das condições contextuais.

 

2.1 ESSENCIAIS TÉCNICAS PARA A PESQUISA CIÊNTÍFICA

 

A metodologia específica elaborar com base em pressupostos teóricos norteando-se procedimentos para a construção da pesquisa qualitativa reflexiva. O Letramento No Ensino Fundamental Com alfabetização significativa em EaD que estão intrinsicamente unidos nesse objetivo maior, que é a educação uma abordagem qualitativa.


Schön (1997) a maneira do procedimento, o pensar reflexivo em torno de três aspectos de conhecimento na prática: reflexão da prática, reflexão na prática e reflexão sobre a prática. No intuito de engrandecer a minha investigação nos níveis de ensino que foram os primeiros anos do Ensino Fundamental.


“Queremos crianças leitoras e produtoras de texto – em um nível que esteja de acordo com sua idade, seus conhecimentos, suas práticas, mas, assim, produtoras de texto” (Valle, 2013, p.79).


 Foi com base nos também nos direcionamentos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para referenciar essa forma de construir elementos de buscar conceitos para organizar com procedimentos apropriados.


Os procedimentos foram aos estudos que foram feitos para a busca de conceitos que induziram para instrumentos importantes para o “encaminhar” do processo de conhecimentos de ordem técnica como: resumos; fichamentos; sínteses, paráfrases, para a confecção (FONTES,2016).


Foi direcionado aos apontamentos para funções de resoluções de problemas educacionais e tentar com diálogos, com interações assíncronas ou não, através de autores com ideologias que se relacionaram para um bem comum.

 

3. CONCLUSÃO

 

Nesse texto teve-se um percurso intenso de aproveitamento significativo de aprendizado científico, quanto a resolução da problemática e a temática em questão que tive como foco nessa pesquisa, me despertou para inúmeras possibilidades de construção do conhecimento.


A modalidade em EaD trouxe novos desafios em conhecimentos sobre a compreensão da alfabetização e o letramento, que direcionou a somatória de finalidades para uma formação integral.


Porque não só o aluno aprende, mas, o professor ao colaborar com a alfabetização/letramento foi e é também modificado as perspectivas da docência, foi incorporado em processos interiores uma relevância de conhecimento a sua identidade profissional.


Nesse sentido considerou-se importante ter uma visão concreta do aprendizado do aluno tendo em vista os níveis conceituais de escrita de Ferreiro (pré-silábico, silábico, silábico-alfabético, alfabético) como percurso e propulsor da alfabetização com o letramento em todos os momentos, reconsiderando-se o significado de erro nesse entendimento.


 “As pesquisas de Ferreiro trouxeram outra visão a esse “erro”, mostrando que na verdade as escritas que eram consideradas “erradas” são parte do processo de aprender escrever certo” (Valle, 2013, p.45). Levou-se em conta todos os níveis de escrita e todas as especificidades das fases do desenvolvimento e de acordo com a realidade do aluno/criança. 


Sendo assim, ao pensarmos na prática educativa a partir da consciência de que os nossos alunos são sujeitos de história com possibilidades de se reinventarem e recriarem no mundo que estão inseridos, a nossa prática tomará outro rumo, terá outra finalidade, assumirá outro compromisso, configurar-se-á em outra maneira de aprender, entendendo, portanto, que a nossa função enquanto educador vai além do ensino de qualquer conteúdo e/ou disciplina (Couto, 2012, p.93).

 

Foi através da observação dos níveis da escrita pelo nível das fases de desenvolvimento da criança que o professor alfabetizador fazer uma análise das reais necessidades do aluno/criança, fazendo a mediação do encaminhar com seguimento das ZDPs, do real ao potencial numa perspectiva com orientações pedagógicas e respeitando-se a sua identidade cultural, os seus tempos/espaços (FONTES,2016).


Á questão da introdução da literatura infantil para a formação de leitores alfabetizados e gradativamente serem letrados, a educação brasileira esteve sempre atrelada ao contexto histórico, social, político e principalmente ao cenário econômico (FONTES, 2016).


 Deve-se permitir aos educandos o contato direto para apropriar-se desse mundo encantador que é o da leitura. Toda criança em processo de alfabetização pode se beneficiar da literatura infantil/juvenil, por meio da leitura é possível dominar o uso da linguagem de acordo com a norma culta: a acentuação gráfica a colocação dos pronomes, o emprego dos verbos, além da regência e concordância (Vieira, Larson, 2001).


Na utilização da literatura como procedimento metodológico permitiu-se o desenvolvimento integral das crianças numa relação harmoniosa com a alfabetização e consequentemente ao letramento, levando-se em conta todas as etapas de desenvolvimento (ZDPs) e conhecimentos anteriores para uma ler o mundo e compreender-se dentro de nossa realidade pós-moderna em perspectiva de aprendizagem significativa (FONTES,2016).

                                                                         

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BOSI, M. L. M. e F. J. M. Martínez (2004) (orgs.), Pesquisa Qualitativa de Serviços de Saúde, Petrópolis, Ed. Vozes.

 

BRASIL Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância.  Práticas de leitura e escrita: Organização Maria Angélica Freire de Carvalho e Rosa Helena Mendonça. Brasília: MEC/SEED, 2006.

 

BRASIL. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa.  A apropriação do sistema de escrita. Ano 2. Unid. 3.

 

COCCO, M.F; HAILER, M. A. Didática da alfabetização: decifrar o mundo-alfabetização e socioconstrutivismo. São Paulo: FTD, 1996.

 

COUTO. Ana Cristina Ribeiro. Ensino Fundamental: Caminhos para uma formação Integral. Curitiba. InterSaberes, 2012.

 

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua escrita. Tradução de Diana M. Porto Alegre: Artmed, 2001.

 

FONTES, Lucelia. A interpretação e o letramento nos anos iniciais do Ensino Fundamental.2016.

 

FONTES, Lucelia. O ensino e a aprendizagem na Educação a Distância (EAD) 2017.

 

FREIRE. P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.  São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

GERALDI, C. M. G. Fiorentine, D.; Pereira, E. M. A. Cartografias do trabalho docente. Campinas: Mercado das letras, 1998.

 

GOMES, Maria Lúcia de castro. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba. InterSaberes, 2012.

 

JUSTINO, Marinice Natal.  Pesquisa e recursos didáticos na formação docentes. Curitiba: Ibpex, 2011.

 

LAJOLO, Mariza.  Meus alunos não gostam de ler: O que eu faço? Campinas: Cefiel/Unicamp, 2005.

 

MEC, Ministério da Educação e Cultura. SEED, Secretaria da Educação a Distância. Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006.

 

PIAGET. J.  A epistemologia genética.  2. Ed. São Paulo: abril: Cultural, 1983. (Coleção Os pensadores).

 

PIMENTA, S. G.; M. S. L. Estágio e docência.  São Paulo: Cortez, 2004.

 

RUSSO, Maria de Fatima. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 2012.

 

SILVA, Monica Caetano Vieira. URBANETZ, Sandra Teresinha. (Org.) O estágio no curso de pedagogia. Vol. 1. 2. Ed. Curitiba. Ibpex, 2011.

 

SCHÖN, D. A.  Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

 

VIEIRA. ALBONI Marisa Dudeque PianovsKi. LARSON. Sandra Holavati.  A utilização da literatura no processo de alfabetização de crianças de 5 a 6 anos: A ótica docente.  Universidade Católica do Paraná. (PUCPR).

 

VYGOTSKY, L; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1984.

 

___________. Formação social da mente. 4. Ed. São Paulo: M. Fontes, 1991                                                                       

 

 SANTOS, Daniel. Do jogo de memória aos contos de fadas, veja como trabalhar as habilidades de leitura e escrita inclusive à distância. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/19363/leitura-e-escrita-12-planos-de-aula-para-trabalhar-o-alfabeto> Acesso em: 16 de jan. 2021.


________________________________


publicação de artigo científico

Esse artigo pode ser utilizado parcialmente em livros ou trabalhos acadêmicos, desde que citado a fonte e autor(es).



Como citar esse artigo:


LIMA, Maria Helena da Silva; SILVA, Edileuza Castro da; SANTANA, Deuzirene Castro. Letramento no ensino fundamental com alfabetização significativa em EaD. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 337-351. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.018


Baixe o artigo científico completo em PDF "Letramento no ensino fundamental com alfabetização significativa em EaD":




Acesse o v. 2 n.2 da Revista Qualyacademics, edição completa:





Publicação de artigos em revista científica com altíssima qualidade e agilidade: Conheça a Revista QUALYACADEMICS e submeta o seu artigo para avaliação por pares.


Se preferir transformamos o seu trabalho de conclusão de curso em um livro. Fale com nossa equipe na Editora UNISV | Publicar Livro

28 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page