DISCOVERING THE WORLD THROUGH READING: LEARNING ABOUT READING INCENTIVE STRATEGIES WITH 5TH YEAR STUDENTS AT ESCOLA MARIA CONCEAÇÃO CORRÊA FROM A PEDAGOGICAL PERSPECTIVE
Como citar esse artigo:
CASTELO, Marlon dos Santos; OLIVEIRA, Darlene Santos de; ROCHA, Wilssiani Carlos. Descobrindo o mundo pela leitura: conhecendo as estratégias de incentivo à leitura com alunos do 5º ano da Escola Maria Conceição Corrêa numa perspectiva pedagógica. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 110-132. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.005
Autores:
Marlon dos Santos Castelo
Graduado em Matemática e pós-graduado Educação Matemática: Estratégias, Métodos e Tecnologias. – Contato: castelo.mestre.89@gmail.com
Darlene Santos de Oliveira
Graduada em Pedagogia, com pós-graduação em Gestão Escolar. – Contato: darlene.santos2017@hotmail.com.
Wilssiani Carlos Rocha
Licenciada em Letras Língua Portuguesa e pós-graduada em Língua Portuguesa. – Contato: wilssianicrocha@gmail.com
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RESUMO
O presente artigo apresenta um estudo de caso sobre a avaliação de estratégias de incentivo à leitura implementadas com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental na Escola Maria Conceição Corrêa, avaliando a eficácia dessas práticas no fomento ao gosto pela leitura, com objetivos específicos de: identificar a frequência e preferência de leitura dos alunos; avaliar o impacto das atividades pedagógicas relacionadas à leitura e ao uso da biblioteca escolar; examinar as percepções dos alunos sobre as aulas de literatura e analisar as contribuições dos professores para o incentivo à leitura através de projetos específicos e do projeto político pedagógico da escola. Como metodologia o estudo utilizou uma abordagem qualitativa para coletar e analisar dados. Foi aplicado um questionário com perguntas abertas aos estudantes, explorando aspectos como gosto pela leitura, frequência de leitura, preferências literárias, e percepções sobre as aulas de literatura e uso da biblioteca escolar. Além disso, foram realizadas conversas semiestruturadas com os professores para discutir projetos na área da leitura e a integração da prática de leitura ao projeto político pedagógico da escola. A análise dos dados foi apoiada por uma revisão de literatura e referências teóricas fundamentais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), além de teorias educacionais relevantes. O estudo justifica-se pela necessidade de entender como as estratégias de incentivo à leitura podem afetar o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos, especialmente em um contexto de ensino público. Considerando a importância da leitura para a formação integral do estudante, é crucial avaliar e aprimorar as práticas pedagógicas que promovem essa habilidade. Os resultados indicaram que, enquanto há um interesse variado dos alunos por leitura, as estratégias utilizadas pelos professores são fundamentais para cultivar e manter o gosto pela leitura entre os estudantes. Observou-se que as aulas de literatura e o acesso à biblioteca escolar são altamente valorizados pelos alunos, embora existam oportunidades significativas para melhorias no que diz respeito à frequência e diversidade das práticas de leitura. Além disso, a pesquisa destacou a necessidade de integrar mais efetivamente as famílias no processo de formação de leitores, como parte de uma abordagem mais holística para a educação literária.
Palavras-chave: Leitura; Práticas Pedagógicas; Professores; Escola Pública.
ABSTRACT
This article presents a case study on the assessment of reading incentive strategies implemented with fifth-grade students at Maria Conceição Corrêa Elementary School, evaluating the effectiveness of these practices in fostering a love for reading. The specific objectives of the study are to identify the frequency and preferences of students' reading habits; assess the impact of pedagogical activities related to reading and the use of the school library; examine students' perceptions of literature classes; and analyze teachers' contributions to reading encouragement through specific projects and the school's educational policy project. The methodology employed a qualitative approach to collect and analyze data. A questionnaire with open-ended questions was administered to students, exploring aspects such as reading enjoyment, reading frequency, literary preferences, and perceptions about literature classes and the use of the school library. Additionally, semi-structured discussions were held with teachers to discuss projects around reading and the integration of reading practices into the school's educational policy project. Data analysis was supported by a literature review and fundamental theoretical references, such as the National Curriculum Parameters (PCNs) and the Law of Guidelines and Bases of National Education (LDB), along with relevant educational theories. The study is justified by the need to understand how reading incentive strategies can affect the academic and personal development of students, particularly in a public schooling context. Considering the importance of reading for the comprehensive development of the student, it is crucial to evaluate and enhance pedagogical practices that promote this skill. The results indicated that while there is a varied interest in reading among students, the strategies used by teachers are essential for cultivating and maintaining students' enjoyment of reading. It was observed that literature classes and access to the school library are highly valued by students, though there are significant opportunities for improvement regarding the frequency and diversity of reading practices. Moreover, the research highlighted the need to integrate families more effectively into the process of forming readers, as part of a more holistic approach to literary education.
Keywords: Reading; Pedagogical Practices; Teachers; Public School.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo caracteriza-se como uma pesquisa sobre a problemática da leitura na escola pública; discute a importância e as características dessa prática e suas deficiências no 5º ano do ensino fundamental. Nossa abordagem objetiva tentou conhecer a realidade da prática educativa que envolve a leitura, seus gêneros textuais, métodos e seu desenvolvimento durante o processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, buscou-se conhecer e desenvolver uma prática de leitura, sua dinâmica e sua realidade. Pretende-se revelar o papel da família, dos professores e da escola na formação de novos leitores.
É fundamental a formação de leitores críticos, conscientes de seu papel no mundo, capazes de ler e analisar um mundo cada dia mais "líquido", como afirma Bauman: "Os tempos modernos encontraram os sólidos pré-modernos em estado avançado de desintegração" (Bauman, 2000, p.10), cada dia mais volátil e em constante mudança. É fundamental o estímulo às múltiplas leituras de texto e contexto, pois somos desafiados todos os dias pelas milhares de novidades que surgem.
Observa-se, assim, o tamanho do desafio para a família, a escola e o Estado Brasileiro na formação dos jovens. Além de uma boa formação educacional, há a necessidade de desenvolver a prática da leitura e de seus demais atributos que envolvem a linguagem materna oral e escrita, de fundamental relevância na vida cotidiana, no contexto social, cultural e político de cada cidadão.
O mundo pós-moderno é essencialmente interativo; portanto, exige das pessoas, neste caso, dos novos leitores, habilidades e competências de comunicação eficientes, pois, contemporaneamente, as redes sociais e a internet dispõem de um volume quase infinito de informações. Entretanto, cabe a quem lê acessar essas informações, analisá-las e interpretá-las, transformando informação em conhecimento, e isso ocorre a partir da leitura eficiente.
O Governo do Brasil, nas últimas décadas, tem dado certa atenção ao ensino de Língua Portuguesa, como se observa a partir de programas que promovem a prática da leitura na educação básica, buscando justamente promover a formação de leitores na escola pública. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) em Língua Portuguesa apontam a importância da língua.
O domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva pois é por meio dela que o homem se comunica tem acesso a informação expressa e defende pontos de vista partilha ou constrói visões de mundo produz conhecimento por isso ao ensinar a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da Cidadania direito inalienável de todos (PCN. p.15).
Portanto, este estudo pretende referendar-se nas teorias de autores como Paulo Freire entre outros. Se baseia na construção e no referencial teórico crítico da educação. Além da pesquisa bibliográfica, fizemos um estudo de campo a partir do método participativo.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL – UM RECORTE HISTÓRICO
O mundo atual nos obriga a cada dia que sejamos leitores eficientes, não apenas das estruturas Textuais de signos escritos mais de múltiplos suportes pessoais como por exemplo os que estão presentes no mundo da Informática.
A habilidade de leitura sempre foi um fator que agrega valor social, isso desde a antiguidade, os Escriba, na Mesopotâmia e no Egito, assim como monges copistas na Idade Média. No Brasil, o início da nossa educação, tem vínculo como o processo de colonização, com a chegada dos portugueses e com os Lusitanos a vinda dos Missionários Jesuítas que impuseram aos nativos da América portuguesa sua língua, sua educação e sua religião.
Contudo, sabe-que essa educação de tempos coloniais era “primeira e caráter moral religioso Cristã”. Portanto, a” leitura de mundo” estimulada era antes de tudo adestramento cultural. A educação promovida pela igreja entrou em crise após a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal nos anos de 1759, a partir daí a educação passou a ser de caráter Laico, mas, ainda com influência da igreja.
Mais a educação no Brasil só passou a se a se consolidar com a vinda da família real portuguesa, Dom João VI, nessa época ainda príncipe regente, ao chegar ao Brasil iniciou a fundação de uma série de estruturas, órgãos sociais administrativos que viria a ser as bases do Brasil Nação, tais como: Escola de Direito Escola de Medicina. Criação da Biblioteca Nacional que foi transportada de Portugal ao Brasil durante a fuga da coroa dos Franceses.
Mas como o Brasil adquirido é partos de reino a nova nação não desenvolveu uma educação de cunho nacional. Somente após Proclamação da nossa República de 1989, que a educação passou a ter corpo e importância em todo o território, não obstante, a educação nesse contexto serviria para consolidar o regime republicano no Brasil, daí ocorre a criação de novas escolas e faculdades e o acesso passou a ser mais democrático.
Porém apesar de ser universalizada ainda era restrita devido as grandes desigualdades econômicas e sociais no país. Em 1930, com a Era Vargas e a constituição de 1934, educação passou a ter um novo impulso; foi no Estado Novo de Vargas que a educação foi estrategicamente direcionada para a promoção do nacionalismo, do desenvolvimento varguista Segundo Marinei luz:
A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer a necessidade de elaboração de um plano nacional de educação que coordenasse e supervisionar as atividades de Ensino em todos os níveis. Foram regulamentadas as formas de financiamento do ensino oficial em cotas fichas para a Federação, os Estados e os Municípios fixando-se ainda as competências dos respectivos níveis administrativos. Implantou-se a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário, e o ensino religioso tornou-se optativo. Parte dessa legislação foi absorvida pela constituição de 1937, na qual estiveram presentes dois novos parâmetros: e ensino profissionalizante e a obrigação das Indústrias e dos sindicatos de criarem escola de aprendizagem na sua área de especialidade, para os filhos de seus funcionários ou sindicalizados. Foi ainda em 1937 que se declarou obrigatória a introdução da educação moral e política nos currículos (SOUSA, 2009, p.18).
Todavia, foi na redemocratização foi lançado às bases para criação da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LDB), após a segunda metade do século XX, essencialmente, após a elaboração da Constituição de 1988, a nova Carta Magna consolidou a o formato da educação nacional nos artigos Art. 205 e 206 a constituição estabelece que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da Cidadania e sua qualificação para o trabalho. Constituição da República Federativa do Brasil. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola: II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento a arte e o saber, III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino(...) (Constituição Federal página 124 2010 SP).
Porém, suas esculturas e seu currículo foram definitiva mente definidas na LDB lei número 9394 20 de dezembro de 1996 ela estabelece em suas disposições gerais da seção 1 nos artigos 22 e 23 que:
A educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe formação comum indispensável para o exercício da cidadania fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e estudos posteriores. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar (LDB, 1996, página: 13).
Dos anos 90 aos dias atuais os PCNs tem sido referência para as disciplinas das séries iniciais da Educação Básica. Nos cursos de formação de professores e licenciatura estão presentes os que são bases comuns dos cursos, há temas como: Leitura e escrita, assim, como assuntos que engendram essas temáticas.
São corriqueiros nas matrizes curriculares de tais cursos temas como: linguagem, linguística textual, Hipertexto, Coesão e Coerência Intertextualidade entre outros pois se sabe quer é necessário “Lê texto para entender o mundo” (Mello, 2002, p. 03).
A comunicação foi e é fundamental nas relações humanas o homem é um ser social e ele se faz social quando se relaciona com outros sujeitos sociais usando a linguagem com base. Portanto, as habilidades de ler escrever são imprescindíveis para que a linguagem e a comunicação sejam eficientes e claras. Leitura de mundo é fundamental para se viver bem em sociedade. Nesse sentido afirma Paulo Freire:
(...) A “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que foi mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi como ele, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, se que tal compreensão tivesse significados mal Querência ao ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular (...) (Freire, 1989, p.11).
Até pouco tempo ler significava decifrar códigos, no entanto contemporâneamente leitura passa ser encarada como sendo mais que um processo de decodificação e decodificação e sim, um processo de interação entre aquele que escreve o escritor e aquele que ler (autor, texto, leitor). No atual contexto social a leitura serve para ir além da promoção social, serve para libertar indivíduos de situações de alienação, por isso, ela deve promover a semântica, deve ter sentido, necessariamente deve haver uma ação reflexão, pois quando o leitor ao ler deve compreender o que leu, e estabeleça sentido para o texto lido.
A leitura é base para uma boa escrita, portanto, há uma relação de interdependência entre o ato de ler e a capacidade de escrever. A leitura precede à escrita, pois escrever requer conhecimento prévio sobre o conteúdo a ser produzido. Um bom escritor necessita de antemão compreender e conhecer sobre o tema a ser desenvolvido em sua escrita. Pois, não se há um bom escritor que antes não tenha sido um bom leitor.
2.2 AS SÉRIES INICIAIS E O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA
O conhecimento de mundo se faz também a partir da leitura do contexto social, para interagir no mundo das comunicações é necessário que haja uma formação de leitores competentes, pois assim eles podem realizar de fato uma participação social, segundo os PCNs:
O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social pois, é por meio dela que o homem se comunica, tem à acesso a informação expressa e defende pontos de vista partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento, assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e responsabilidade de garantir a todos os seus alunos acesso ao saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania direito inalienável de todos (PCNs Língua Portuguesa, p 23).
A priori, o trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e abios, não apenas para desenvolverem a participação Social, contudo, a leitura é base para se formar bons escritores, escritores no sentido amplo, de elaboradores de textos, não apenas somente em textos literário, mas formar pessoas que possam expressar suas ideias e anseios a respeito de qualquer assunto que ela possa se interessar.
É no Ensino Fundamental que se tem contanto com as primeiras letras e nesse nível de ensino que o estudante acessa os suportes textuais livros que são trabalhados pelos professores na formação desses estudantes. No dia a dia das aulas os professores de língua portuguesa usam livros previamente escolhidos por eles mesmos de uma lista fornecida pelo Ministério da Educação (MEC), assim como demais professores do país e claro que o conteúdo desse livro deve contemplar o currículo nacional idealizado pelo próprio MEC.
Acontece, no entanto, que o Brasil é um pais grande e com realidades diversas, inclusive no que se refere ao desenvolvimento da própria educação nacional, há regiões com níveis diferentes de aprendizagem, sociais e culturais Nesse caso percebe que há a intenção do Governo Federal de padronizar pelo menos se utilizando de um mesmo material didático, [livro didático], em todo o território, não o mesmo livro, e sim livros com conteúdo semelhantes, muitas vesses esses livros não trazem temas regionais como no nosso caso contudo que contemplem temas da realidade da Amazônia.
Paulo Freire em seu livro A importância do Ato de Ler, aborda a relevância do conteúdo estudado pelo educando ter relação como sua vivência como o mundo do educando, daí a importância de se ter livros que abordem temas locais ou regionais.
É muitas vezes na escola que a criança tem seus primeiros contatos com a leitura, e esse primeiro contato não pode ser importo. A leitura deve ser uma ação prazerosa. Nas series iniciais a leitura deve ser lúdica e interessante para o educando.
Com a leitura o leitor realizar trabalho ativo de construção de significado do texto. E isso não pode ser entendido como um simples processo de decodificação de letras ou símbolos linguísticos e sim de um processo de compreensão, ressignificação da realidade e de análise de mundo.
Portanto, o ensino da Língua Materna e a prática da leitura deve segui um bom planejamento antes e durante a sua prática pedagógica.
Os textos devem ser interessantes aos educandos, devem ter significados, nesse aspecto: o prazer de ler e de fazer perguntas ao texto nasce no aluno que poderá aplicar esse procedimento de leitura a outros textos, desenvolvendo a leitura em vários pontos (Sousa apud Meneses. 2010, p.11).
A leitura é parte da aprendizagem ela é fundamentalmente objeto de ensino, e durante sua prática faz-se o uso de textos variados realizando combinações e técnicas diversas.
2.3 A PRÁTICA DA LEITURA EM SALA DE AULA, LENDO O TEXTO COMPREENDENDO O MUNDO
O mundo é cada dia mais repleto de novas formas de linguagens recursos visuais, hoje se tem os inúmeros gêneros textuais presente na vida das crianças, no mundo da informática, por exemplo, tem-se cada dia mais presente as chamadas mídias sócias: Facebook e WhatsApp, entre outras, das quais muitas crianças fazem uso para se comunicarem. Mas, essa comunicação faz se de forma informal e com escrita não padrão repleta de abreviaturas e erros ortográficos, como afirma Pareja:
O meio virtual, portanto, transformou a maneira de ler e escrever, trazendo o hipertexto com um novo espaço em que o leitor e escritor encontra-se diante novos processos de produção compreensão textuais, de novas formas) de linguagem interagindo com sua multiplicidade, de um novo código que usa o teclado para “conversar, ou seja, fala escrevendo (ou será que escreve falando) (SOUSA apud PAREJA, 2013, p. 27).
A comunicação estabelecida nessas mídias sociais acima citadas é dinâmica, muito velos) não contempla momentos de análise de si mesma ou de autoavaliação de sua produção escrita. Não há nesses suportes textuais espaço ou momento para se averiguar o formato do conteúdo usado na comunicação. Tudo é muito imediatista e de certa forma até inconsequente quando expõe-se a si mesmo ou aos outros.
Tudo o que envolve as mídias sociais é muito novo. Portanto, até mesmo as leis que regem essas tecnologias e seu uso é algo novo; como é o Marco civil da Internet. E com essas novas ferramentas de interação social, digo as redes sociais, comunicar-se ficou mais fácil e mais rápido, e os "novos leitores", ou seja, os educandos fazem uso dessas tecnologias diariamente em seus contesto sócias, contudo cabe a pergunta: como a escola deve encarrar essa nova realidade? A escola deve se utilizar dessas novidades, ou virar as costas para ela?
Pois sabe-que a escola concorre com todas essas novidades citadas acima, nesse caso é necessária fazer "do limão uma limonada, digo, não se render ao que há de nocivo nas mídias sociais e sim trazer seu dinamismo para a sala de aula, para a prática de leitura, nesse caso não há receitas prontas cabe a cada educador estudar, planeja e conhecer bem sua realidade e seus educandos, e a partir daí, procurar desenvolver formas e estratégias de leituras utilizando-se dessas novidades tecnologias, pois uma coisa é certa não dar para ignora-las.
O suporte textual mais usual nas práticas de leituras em sala é o livro didático, ele está repleto de textos variados, como: crônicas, poemas, fabulas e explicações de gramatica e outros atributos da linguística, n entanto a semântica desses textos é construída pelo educando muitas vezes com ajuda do educador; nesses livros didáticos há ainda uma lista de atividades que servem para a fixação do conteúdo desenvolvido pelo professor, mas, isso compõem uma metodologia de cunho tradicional, a qual tem eficiência limitada, portanto, cabe a busca por novos métodos de leitura, e da prática da produção escrita.
A leitura deve ser um hábito, não um castigo ou uma punição, deve ser prazerosa e não maçante ou desgastante. Nessa perspectiva o educador tem papel estratégico e deve agir desde as serias iniciais como um guia de leitura e seus textos e não um ditador de um amontoado de textos sem significado para o educando.
Assim, ė imperativo trabalhar com diversos textos, não apenas aqueles presentes no livro didático, mas sim textos existentes na vida dos alunos, como: revistas em quadrinhos, listas de times, receitas de comida, dicionários jornais, e temas de seu dia a dia que favorece seu estilo de linguagem informal para depois passar para formal. Pois segundo os PCNs, cabe, portanto, a escola viabilizar acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente (PCNs, 1997. p, 30).
A escola deve ter ambientes propícios a prática da leitura, como: bibliotecas, e salas de leitura, além de projetos que promovam a leitura da palavra escrita ou não, além da leitura de mundo.
Sabe-que os gêneros textuais também são fenômenos históricos e sociais, pertencente a um lugar e tempo social, assim, eles possuam significados de acordo relativos ao contexto de sua produção, e nem sempre esses textos são facilmente interpretados ou acessíveis aos novos leitores, é nessa problemática que se dar a importância do educador como guia e suporte pedagógico no entendimento da leitura e do significado do que está nas entrelinhas.
A prática da leitura deve ser contextualizada, deve ser a priori, informativa e interativa, deve "prender" o leitor alimentá-lo, o texto deve conversar com leitor, dialogar com ele, e isso só ocorre se o leitor tiver uma "bagagem de vida", uma pré-leitura, um acúmulo de conhecimento obtido a partir de outras leituras
2.4 A FAMÍLIA E A FORMAÇÃO DE LEITORES
No artigo 205 da Constituição Federal reza-se que: A educação é dever da Família e da Escola, (Constituição Federal, 1988). Essa ordem de responsabilidade (família depois escola] deixa claro que em primeiro momento é a família que é responsável pela formação dos seus filhos, e consensualmente aceito que a educação começa no seio da família e continua na escola.
No entanto, nas últimas décadas com a mulher conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, portanto, se ausentando parcialmente dos lares. E, as famílias tradicionais [pai mãe e filhos] se transformando em apenas [mãe e filho/os], ou [pai e filho/os]. Assim, escola tem assumido mais que sua função de educar, ou seja, trabalhar aquilo que não é só de sua alçada: mas, também da família, sendo que A educação abrange os processos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino"(.) (LDB, 2015, p.4).
No dia a dia nas escolas percebe-se que há uma espécie de crise da educação estabelecida por diversos fatores políticos, estruturais e sociais, entre tantos a ausência da família da escola e a transferência de responsabilidade de educar.
A criança incorpora comportamentos sociável. A família é o primeiro espelho da criança, é no ambiente familiar que os futuros leitores iram se exemplar, quando pais são leitores e passam essa cultura para seus filhos essa criança já incorporara esse hábito naturalmente o desenvolvimento aprofundamento da leitura de variados textos ocorre na escola.
Quando com contato com livro e textos é feito de forma tranquila não forçada e dosada, o educando desenvolve-se em suas aptidões de forma mais competente e regular. Há criança que em casa não tem contato com livros nem antes nem durante a idade escolar. Há estudantes que possuem pais analfabetos, sem nenhuma referência a cultura letrada, essas, podem incorporar o hábito de ler na escola ou afaste-se dele dependendo de seu contanto com o mundo das letras.
Claro que a escola não pode se isentar de sua responsabilidade de formar leitores, portanto:
A escola tem a função distinta da família. A escola é parceirada família e tem os mesmos A educação formal, ou seja, uma escola, para que haja êxito em sua função é fundamental a parcela com a família. Portanto, a leitura não pode ser responsabilidade apenas da escola, é fundamental a parcela coma família na promoção de bons leitores a família pode ajudar os filhos na leitura através de uma simples prática desde a infância que é o hábito de contar historinhas antes de a criança dormir presentear com livros, ter em casa jornais, revistas, gibis, entre outros (SOUSA 2009, p 32).
Pois a educação é um processo dinâmico, que favorece a mobilidade e o acesso ao conhecimento, a cultura e ao saber de uma forma ampla e irrestrita. Quando a educação é eficiente ele desenvolve o pensamento, o rápido raciocínio, a compreensão de mundo, portanto favorece a participação dos indivíduos em todos os campos sociais.
Assim, a educação engendra mudança no próprio indivíduo e, portanto, transforma a sociedade, pois somos agente de transformação ao mesmo tempo que somos transformados.
Nesse contexto, a leitura tem papel de contribuir com a formação do cidadão pleno, isso é, formar gente que ler e que analisa e compreender aquilo que leu, transformando o conteúdo lido, enfim, absorvido em novos comportamentos e atitudes.
3. METODOLOGIA DA PESQUISA COM PROFESSORES E ESTUDANTES DO 5º ANO DA E.M.E.F MARIA CONCEIÇÃO CORRÊA
A Escola Maria Conceição Correa se localiza na Avenida Thompson Filho, s/n, no Bairro Entroncamento de Redenção Pará é uma das 30 escolas da cidade, nas suas proximidades fica uma parte do comercio do município com lojas, empresas, entre outros há casas de pessoas de classe média nos entornos, portanto, parte de clientela da referida escola é oriunda da classe média, mas há também na escola crianças e jovens que moram mais afastados da escola, vindos de outros bairros. Assim, parte desses estudantes foi objetivo de pesquisa do presente estudo, no qual se aplicou questionário de pesquisa para as turmas do 5 ano do ensino fundamental.
Segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola sua clientela se caracteriza:
A escola e situada em um bairro comercial atendendo uma população de todos os níveis saciais, os quais buscam na escola a oportunidade de conquistarem um futuro melhor A faixa elaria de noss0s educandos está entre 06 e 45 anos. A comunidade da escola é heterogénea. Alguns pais possuem baixa escolaridade o que dificulta o trabalho de auxilio extraclasse e consequentemente reflete na aprendizagem das crianças Consciente da importância do seu papel, a escola mantém um bom relacionamento com a comunidade, apesar dessa, não é o Suficiente paro que os pais participam ativamente da vida escolar dos filhos Portanto, faz-se necessário, promover atividades nas quais os pais se sintam motivados a participarem da vida escolar dos filhos (P. P. P. da Escola Maria Conceição Correia, 2020, p.4.).
A escola funciona com três turnos, com turmas de 1° ao 9º ano do fundamental durante o dia, e a noite oferta vagas para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
3.1 OS DADOS E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS DOS ALUNOS
Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário de entrevistas fechadas na qual o entrevistado assinala alternativas previamente elaboradas e aplicadas pela professora da classe juntamente com as pesquisadoras.
Após a aplicação dos questionários foi feito a tabulação dos mesmos matematicamente, com conferência das frequências das respostas e suas repetições, e em sequência foi usado a planilha do Excel para a formulação dos gráficos e obtenção das porcentagens de cada questão ou resposta dada das perguntas feitas aos alunos. No caso dos professores só foram feitas perguntas abertas, na qual os entrevistados dissertaram sobre sua opinião, isso, escreve um breve texto emitindo sua resposta sobre o que lhe foi perguntado.
Contundo, foram entrevistados 30 estudantes, sendo escolhido aleatoriamente 10 de cada classe, nesse caso, três (3), classes no total e suas respectivas professoras de cada sala, ou classe; além da coordenadora do período vespertina a vice-diretora (a diretora estava ausente).
Abaixo, primeiro gráfico construído a partir do questionário aplicado aos estudantes:
Fonte: Castelo, Oliveira e Rocha (2024).
Os dados obtidos com os questionários aplicados aos alunos revelam resultados surpreendentes, conforme ilustrado no gráfico número 1, que questiona: "Você gosta de ler?". De forma impressionante, a maioria dos estudantes afirmou gostar de ler. Embora esse resultado seja positivo, ele é notável, considerando que a leitura é fundamental para a compreensão das demais disciplinas. Teoricamente, esse interesse pela leitura deveria se traduzir em um bom desenvolvimento educacional e na obtenção de boas notas.
Por outro lado, quando questionados sobre o mesmo tema, as respostas dos professores foram menos uniformes. A pergunta aplicada aos docentes no questionário número 2 foi: "Você considera que os alunos gostam de ler? Sim ou Não. Justifique." Alguns professores observaram que os alunos não possuem o hábito da leitura; menos da metade afirmou que os alunos leem com frequência. Além disso, foi notada uma certa resistência dos alunos em realizar tarefas que envolvem leitura.
Com relação aos tipos de leitura realizada pelos estudantes pesquisados são destacados no gráfico nº 3, com tema sobre o gosto ou preferência dos estudantes, isto é, aquilo que eles leem nos seus cotidianos, ficou claro após a tabulação dos dados que os textos mais lidos pelos estudantes são textos: de poesia, romances, e aventuras, logo depois vem revistas em quadrinho, jornais hipertextos da internet, e suportes das mídias sociais.
Contudo, não basta ler, é necessário dar sentido ao que foi lindo, todavia:
Compreender a mensagem compreende-se na mensagem compreender-se pela mensagem - eis aí os três propósitos fundamentais da leitura que em muito ultrapassam quais quer aspectos utilitaristas ou meramente "livrescos" da comunicação leitor- texto. Ler é em última instancia, não só uma ponte para tomada de consciência, mas também um modo de existir (DIAS apud SILVA. p 34, 2013).
Em conversas com os professores descobriu-se que elas usam como recursos extra didáticos jornais e revistas, além de livros de romance, literatura e poemas, da biblioteca da escola, segundo as docentes são realizadas pesquisas frequentes (põe parte dos educandos ao acervo da escola, são realizados projetos de leituras e leituras em grupo.
No gráfico n° 5, que questiona: "Qual a sua opinião em relação às aulas de leitura literária em sala de aula?", observa-se uma confirmação dos dados do gráfico n° 2, sobre a frequência de leitura. Nele, 55% dos entrevistados afirmaram que realizam leituras tanto na escola quanto em casa. Já no gráfico em questão, 74% dos entrevistados destacaram que os textos das aulas são importantes porque os ensinam a ler.
No entanto, as outras respostas indicam certa monotonia: 7% acham os textos muito longos e cansativos; 16% não se sentem atraídos pelos textos porque o único recurso de leitura são os livros; e 3% sugerem que as leituras deveriam ser mais dinâmicas. Essas respostas indicam que, embora haja um apreço pela leitura literária, existem áreas para melhoria na maneira como o conteúdo é apresentado em sala de aula.
Quanto ao uso da biblioteca da escola, esta é considerada uma extensão valiosa do ambiente de aprendizagem. A biblioteca oferece um espaço alternativo que pode enriquecer a experiência educacional, proporcionando momentos de leitura que expandem a imaginação e o mundo das crianças.
Contudo, apesar de 39% dos entrevistados afirmarem que não realizam leituras na biblioteca, existe uma aparente contradição com as respostas do gráfico n° 2, onde mais da metade dos estudantes declarou que lê todos os dias na escola. Durante nosso estágio na escola em questão, observou-se que a biblioteca está desativada e os livros, tanto didáticos quanto paradidáticos, estão confinados em uma sala improvisada como depósito nos fundos da escola. Esta observação foi confirmada na resposta à questão n° 6, que indaga sobre a frequência de leitura na biblioteca da escola.
Essas discrepâncias sublinham a necessidade de revisar e revitalizar as práticas de leitura na escola, incluindo a reativação da biblioteca como um recurso vital para o desenvolvimento educacional dos alunos.
Entretanto, sabemos que no Brasil a leitura não é o nosso forte, um estudo da Câmara Brasileira do Livro demostrou que há uma parcela significativa do povo que não possui hábito de ler. Segundo esse estudo:
Quase 90 milhões de pessoas letradas n o Brasil, mas uma parcela grande desse bolo simplesmente não lê nada: são 14 milhões de analfabetos sem leitura, todos melhores de 15 anos. Esse grupo não é de analfabetos funcional dos que aprenderam e escrever ou ler o nome, só isso ou pouco mais. Eles representam antes 15% do total de brasileiros capazes de entender o que ler são partes da elite cultural (Revista língua Portuguesa, 2014, p.22).
3.2 OS DADOS E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS DOS PROFESSORES
As professoras entrevistas, afirma-se [professoras] pois, todas as entrevistadas eram profissionais do género feminino. Assim, observou-se que todas possuem formação na área de atuação, isso é, são formadas em licenciatura em Língua Portuguesa, já com anos de atuação docente.
Quando perguntas. Feitas às professoras, se havia na escola projeto para incentivar os alunos a lê, elas disseram que sim, e que isso estava comtemplado no Projeto Político Pedagógico da escola. Após a análise desse estudo se contatou que no item n° 21.2 da parte referente aos objetivos - Leitura- de seu PPP a escola justifica como projeto de leitura:
Incentivar, orientar conduzir os educandos a realizarem leituras de diversos tipos de textos (fábulas, contos, teatros, poemas e outros). Desenvolver a capacidade de ler, argumentar, identificar, avaliar confrontar informações, produzindo textos orais e escritos em que relatam experiências e demonstrem seu senso crítico (PPP p.31.2020).
No entanto, ao questioná-las sobre o gosto dos alunos pela leitura, tema da segunda pergunta dirigida às professoras, o resultado foi: duas das três professoras afirmaram que os alunos não gostam de ler, e a terceira disse que eles leem às vezes, o que contraria a afirmação feita por parte dos alunos, que na sua maioria afirmaram gostar de ler (Veja o gráfico nº 1 dos estudantes).
Quanto ao tipo de estratégias ou métodos que as docentes utilizavam para desenvolver a leitura de textos literários (poesia, conto, romance, entre outros) em sala de aula, tema de uma das questões aplicadas às professoras, as senhoras afirmaram trabalhar de forma diversificada, procurando sempre envolver o educando com aulas dinâmicas e interativas.
Elas disseram:
Durante as aulas trabalho com interpretação oral e escrita, leitura coletiva e individual levo textos diferenciados (poemas, contos, fabulas etc.), para que os alunos tenham contato com os vários gêneros e sempre converso sobre a importância da leitura e de que forma a leitura e interpretação pode beneficiá-los (DEPOIMENTO 1).
Contudo, em conversas informais assim nas entrevistas abertas as entrevistadas relataram que as estratégias que mais usam em suas aulas são: a) Leitura em grupo, b) Pesquisas na biblioteca, c) Usar atividades pré-elaboradas dos conteúdos, d) Aula expositiva e leitura individual, e) Produção textual, individual, com roteiro preestabelecido.
Todas as entrevistadas disseram considerar importante o ator de ler, e sobre se elas incentivavam seus alunos a realizarem leituras, tema da última pergunta feita as professoras, foi afirmado que:
O ato de ler é de grande importância em nosso meio, pois é traves da leitura que o homem adquiri conhecimento e experiência de vida, tornando-se o indivíduo dentro de uma sociedade capitalista, onde o conhecimento é tudo para os nossos educandos (DEPOIMENTO 2).
Em uma reunião pedagógica do segundo semestre de 2020, a coordenação pedagógica entregou aos docentes uma proposta denominada Projeto de leitura e calcula, com a justificativa de que a leitura e escrita são fundamentais na sociedade em que se vive. Foi afirmado que na: atualidade depara-se com a linguagem escrita em: Outdoor, placas de trânsito, e-mails, face book, blogs, WhatsApp, para choque de caminhões etc. Portanto, segundo orientação da coordenação à escola tem a função de formar cidadãos críticos, capazes de transformar a ser próprio no meio em que vive.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar a prática de leitura na Escola Municipal Maria Conceição Correia em Redenção, PA, durante o ano de 2020, percebemos a relevância e a adequação do estudo ao contexto local, regional e nacional. O Brasil, vivenciando um período crucial em termos educacionais, não pode mais ignorar a necessidade de investir seriamente na educação de sua população. Este estudo se mostrou essencial para entender como as políticas e práticas educativas estão sendo implementadas na realidade específica de Redenção, fornecendo insights valiosos para possíveis melhorias.
Para obter dados satisfatórios sobre a prática da leitura na escola mencionada, foi planejada uma investigação detalhada, que incluiu questionários, entrevistas e observações diretas. Essas ferramentas permitiram uma análise profunda da dinâmica das aulas e das estratégias empregadas pelos profissionais de ensino. A investigação foi complementada por uma revisão bibliográfica robusta, que ofereceu uma base teórica sólida para interpretar os dados coletados, apoiando-se em teóricos e legislações que discutem a leitura no âmbito escolar.
Os resultados do estudo revelaram que, apesar de muitos estudantes afirmarem gostar de ler, existe uma desconexão entre o interesse declarado e a prática efetiva da leitura. As entrevistas com as docentes sugeriram que os alunos não são leitores assíduos, o que indica a necessidade de estratégias mais eficazes para engajar os alunos na leitura. Ficou evidente que a biblioteca da escola é subutilizada, e essa infraestrutura poderia ser melhor aproveitada para fomentar o hábito da leitura entre os estudantes.
Ademais, a análise das práticas pedagógicas e dos resultados dos alunos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática indicou que o rendimento em ensino-aprendizagem necessita de melhorias significativas. Este aspecto não é exclusivo da realidade do município de Redenção, mas reflete uma problemática mais ampla que afeta a educação em todo o país, com exceções muito raras. Portanto, é imperativo que políticas e práticas educativas sejam revisadas e aprimoradas para melhor atender às necessidades dos alunos.
Por fim, este estudo sublinha a importância de uma abordagem integrada que envolva alunos, professores, gestores e a comunidade para criar um ambiente que verdadeiramente valorize e promova a leitura como um pilar fundamental da educação. Iniciativas como a melhoria das condições da biblioteca, o desenvolvimento de programas de leitura diversificados e a formação continuada de professores em metodologias de ensino de leitura são essenciais para transformar a realidade educacional observada. A esperança é que, com esforços concentrados e políticas eficazes, possamos ver uma melhoria tangível na qualidade da educação oferecida aos estudantes de Redenção e de outras partes do Brasil.
4.1 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Para enriquecer o campo da educação literária, sugere-se a realização de estudos futuros que expandam o entendimento das dinâmicas e impactos das práticas de incentivo à leitura. Primeiramente, estudos longitudinais poderiam avaliar a eficácia de diferentes métodos de incentivo à leitura ao longo do tempo, proporcionando uma visão mais aprofundada sobre como essas práticas afetam o desempenho acadêmico e o desenvolvimento pessoal dos estudantes no longo prazo.
Um segundo campo de investigação relevante seria a análise comparativa entre escolas que aplicam diversas técnicas de incentivo à leitura, incluindo o uso de tecnologias digitais e abordagens tradicionais. Este estudo poderia identificar quais estratégias são mais eficazes em diferentes contextos educacionais e culturais, ajudando a adaptar abordagens pedagógicas às necessidades específicas dos alunos.
Além disso, seria valioso investigar o papel das famílias no desenvolvimento dos hábitos de leitura das crianças. Pesquisas que explorem como o envolvimento dos pais e o ambiente doméstico influenciam o gosto pela leitura podem oferecer insights para programas de engajamento familiar mais eficazes, que trabalhem em conjunto com as escolas para promover a literacia.
Outra área de estudo importante é a avaliação do impacto de bibliotecas escolares renovadas e bem equipadas no incentivo à leitura. Estudos de caso específicos sobre a transformação de espaços de leitura e seu efeito sobre a motivação e frequência de leitura dos alunos poderiam destacar práticas exemplares e modelos replicáveis para outras instituições.
Finalmente, seria proveitoso explorar mais profundamente as intersecções entre leitura e tecnologia. Investigar como plataformas digitais, e-books e outras ferramentas tecnológicas estão remodelando as práticas de leitura pode oferecer direções valiosas para integrar recursos digitais de maneira efetiva e atrativa no ensino da leitura.
Essas áreas sugeridas para futuros estudos não apenas aprofundam nossa compreensão das práticas atuais, mas também podem gerar novas estratégias para melhorar a educação literária em contextos escolares e além. Ao focar nesses tópicos, educadores, pesquisadores e formuladores de políticas podem trabalhar juntos para cultivar uma geração de leitores proficientes e entusiasmados.
5. REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt, Modernidade liquida. Rio de Janeiro, Zahar, 2001.
BRASIL, Constituição Federal. p.124. São Paulo, 2010.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Editora do Brasil.
BRASIL, Revista Língua Portuguesa. Editora Segmento São Paulo. 2014.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Brasília: 1997.
CARVALHO, José Rodrigues. Nossas práticas, nossos desafios: aprender e ensinar para diversidade na escola na era das incertezas. Redenção, 2014.
FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1989.
MARINEI, Luz Soares. A interdisciplinaridade no Ensino de História com a urbanização do Setor Capuava. (Graduando do curso de História da UVA TCC). 2009.
REDENÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO DA ESCOLA MARIA CONCEIÇÃO CORREA, Redenção, Para Brasil. 2020 B.
REDENÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO DA ESCOLA MARIA CONCEIÇÃO CORREA, Projeto de Leitura e Cálculo. Redenção, Pará, Brasil 2020.
S/A, 2005.
SENHORA, Luziane, Araújo. A importância da leitura e a leitura da importância. 2012 Graduando do curso de Letras, UEPA. TCC.
SOUSA, Sabrina de Cassia de Brito. A leitura no ensino fundamental: Como desenvolver o interesse nos alunos de 5° ano a 9° ano de E.M.E.F., 2009.
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Esse artigo pode ser utilizado parcialmente em livros ou trabalhos acadêmicos, desde que citado a fonte e autor(es).
Como citar esse artigo:
CASTELO, Marlon dos Santos; OLIVEIRA, Darlene Santos de; ROCHA, Wilssiani Carlos. Descobrindo o mundo pela leitura: conhecendo as estratégias de incentivo à leitura com alunos do 5º ano da Escola Maria Conceição Corrêa numa perspectiva pedagógica. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 110-132. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.005
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