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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO INFANTIL

THE IMPORTANCE OF PLAY AND INCLUSIVE EDUCATION IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION


 

Informações Básicas

  • Revista Qualyacademics

  • ISSN: 2965-9760

  • Tipo de Licença: Creative Commons, com atribuição e direitos não comerciais (BY, NC).

  • Recebido em: 29/05/2024

  • Aceito em: 30/05/2024

  • Revisado em: 31/05/2024

  • Processado em: 3105/2024

  • Publicado em 31/05/2024


 




Como referenciar esse artigo Silva, Leandro e Florencio (2024):


SILVA, Geovanna Cristina de Souza; LEANDRO, Victória Caroline Loddi; FLORENCIO, Mariana Aguiar. A importância do brincar e a educação inclusiva no ensino infantil. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 3, 2024; p. 163-169. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n3.011



Autoras:


Geovanna Cristina de Souza Silva

ORCID: https://orcid.org/0009-0008-5982-705X. Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Faip de Marília. – Contato: geovannacristina57@gmail.com.


Victória Caroline Loddi Leandro

Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Faip de Marília. – Contato: victoria.loddi@hotmail.com


Mariana Aguiar Florencio

Licenciada em matemática pela Faculdades Adamantinenses Integradas. Pós-graduações Lato Sensu em Estatística Aplicada Psicomotricidade; Educação e Aprendizagem e Educação Especial e Inclusiva Pela Universidade do Oeste Paulista – Unoeste. Mestranda em educação pela Integralize Corporation Educação – Contato: mariana.florencio@sagradoeducacao.com.br




RESUMO


O presente trabalho tem como propósito compreender como ocorre o processo de desenvolvimento das crianças que precisam dos adultos para a interação, seja no brincar, em suas carências básicas ou na educação como cidadãos. A escolha pelo tema é justificada, pois um dos primeiros contatos de socialização para a criança é o brincar. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil estabelece princípios básicos para um bom atendimento educacional de alunos com necessidades especiais. Quando o indivíduo tem necessidades especiais, as maneiras de educar a criança prevalecem da mesma forma; o que muda é a forma como é ensinado. Muitas vezes, é necessário um pouco mais de paciência e um olhar de empatia, já que a criança com deficiência tem mais dificuldade de aprender. Compreende-se que, para incluir um aluno na educação infantil com necessidades especiais, é necessário averiguar quais são as reais necessidades apresentadas por ele, pois cada caso tem uma demanda diferenciada. Os profissionais da educação devem estar preparados para isso, sempre buscando inovar em suas capacitações, meios e experiências para o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica com responsabilidade e excelência. Para colher os resultados da pesquisa foi escolhido o método de estudo bibliográfico, que permite um aprofundamento em bases teóricas. Este método possibilitou uma análise detalhada das teorias existentes sobre o desenvolvimento infantil e a inclusão de crianças com necessidades especiais na educação infantil. O estudo concluiu que, para a inclusão efetiva de alunos com necessidades especiais na educação infantil, é fundamental identificar as reais necessidades de cada criança. Cada caso demanda uma abordagem diferenciada, e os profissionais da educação devem estar preparados para adaptar suas práticas pedagógicas. Além disso, é essencial que os educadores busquem constantemente se capacitar e inovar em suas metodologias para proporcionar um atendimento educacional de qualidade, com responsabilidade e excelência.

 

Palavras-chave: Educação; Escola; Aluno; Necessidades; Inclusão.


 

ABSTRACT

 

The present work aims to understand how the development process occurs in children who need adults for interaction, whether in play, in their basic needs, or in their education as citizens. The choice of this theme is justified because one of the first socialization contacts for children is play. The National Curriculum Framework for Early Childhood Education establishes basic principles for the proper educational service of students with special needs. When an individual has special needs, the ways of educating the child remain the same; what changes is the way it is taught. Often, a bit more patience and a look of empathy are needed, as children with disabilities have more difficulty learning. It is understood that, to include a student with special needs in early childhood education, it is necessary to ascertain their actual needs, as each case has a different demand. Education professionals must be prepared for this, always seeking to innovate in their training, means, and experiences to improve their pedagogical practice with responsibility and excellence. To obtain the research results, the bibliographic study method was chosen, which allows for an in-depth theoretical basis. This method enabled a detailed analysis of the existing theories on child development and the inclusion of children with special needs in early childhood education. The study concluded that, for the effective inclusion of students with special needs in early childhood education, it is crucial to identify the actual needs of each child. Each case requires a different approach, and education professionals must be prepared to adapt their pedagogical practices. Furthermore, it is essential for educators to constantly seek to train and innovate in their methodologies to provide quality educational services with responsibility and excellence.

 

Keywords: Education; School; Student; Needs; Inclusion.

 


1. INTRODUÇÃO

 

Este tema foi escolhido devido a curiosidade e paixão por explorar as atividades lúdicas e como elas podem moldar o desenvolvimento e crescimento cognitivo, emocional e físico das crianças, assim como a inclusão, preparando-os para um futuro cheio de descobertas.


A brincadeira é fundamental para aprendizagem e desenvolvimento infantil, ainda mais quando se trata da inclusão, pois permite que muitas coisas sejam exercitadas. É através do brincar que a criança desenvolve sua memória, atenção, linguagem, imaginação, concentração, seleciona ideias, forma conceitos, habilidade sociais, emocionais, cognitiva, assim também permitindo que as crianças explorem e descubram o mundo ao seu redor e se socializem cada vez mais. É de suma importância fazer a inclusão da criança com necessidades especiais na sala em que ela está inserida, pois com o aluno mais próximo do professor as atividades se tornam mais agradáveis e os próprios alunos compartilham conhecimento entre si.


Mas afinal, como proporcionar uma educação inclusiva de qualidade? Esta pesquisa bibliográfica abordará todas as técnicas e conhecimentos necessários para que fique entendível, visando os maiores autores da pedagogia e suas técnicas de ensino.


O brincar é comparado a uma escola divertida, além de desenvolver habilidades, permite também que as crianças criem laços de amizade e empatia, brinquem com diferentes pares, socializam e com isso vemos que as interações e aprendizagem acontecem em um nível de desenvolvimento mais aplicado, e muito mais que isso, permitindo que cada criança participe de acordo com suas habilidades e interesses, independentemente de suas capacidades físicas, cognitivas e emocionais. Destaca-se a importância do brincar em conjunto, sem fazer distinção das pessoas, pois ao criar um ambiente inclusivo de brincadeiras, as crianças aprendem a valoras a diversidade e a respeitas as diferenças, promovendo um senso de pertencimento e aceitação mútua. Ao trabalhar essas pautas com os alunos, o docente está aplicando a inclusão. Assim, o ambiente e as atividades são adaptados para que cada criança possa participar e se sentir incluída. É como se fosse um evento onde todos são bem-vindos!


Esta é uma breve pesquisa bibliográfica com base nos principais autores da pedagogia, os materiais para a pesquisa foram encontrados na biblioteca da faculdade e no site Scielo com o intuito de aprofundamento sobre o assunto escolhido. Foi utilizado análise de documentos nesta pesquisa.

 

2. DESENVOLVIMENTO

 

Ao longo dos processos educacionais, foram desenvolvidas várias leis que asseguram o direito a educação de crianças e adolescentes durante todo o ensino obrigatório. As leis têm um papel fundamental na vida destes indivíduos, porém o docente precisa fazer o trabalho de ensinar, acolher e guiar seus alunos até o processo de aprendizagem, sem fazer distinções ou exclusão, tratando todos com devido respeito. Foi apenas em 1971, que foi aprovado o projeto de lei, que assegura o direito a educação para alunos com necessidades especiais, visando inclui-los devidamente ao ensino regular, porém com tratamento especial (ULBRA, 2009).


Conforme a Lei nº 5.692, 1971: “Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação”.


As crianças precisam de um olhar dos pais e dos professores para o seu desenvolvimento. A criança aprende no brincar, é através dele que ela aprende a viver em sociedade, fazer tarefas simples, respeitar as diferenças e entender a diferença entre realidade e fantasia. Na inclusão, a criança observa seus colegas de sala diariamente e os observa, na intenção de socializar e brincar sem ter vergonha de se expressar. A criança possui um poder imaginativo, onde ela pode transformar na sua imaginação um objeto em várias coisas, ou até mesmo fingir que esse objeto existe (PIAGET, 1971).


Ainda Piaget (1971, p. 67):


Quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois a sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui.

 

As brincadeiras sempre fizeram parte, direta e indiretamente, da educação infantil, elas ajudam no processo de desenvolvimento das crianças. A afetividade faz parte deste processo, o professor deve acolher seus alunos e propor atividades em grupo com brincadeiras que facilitem a afetividade também entre si (FREIRE, 2004).


O brincar é importante para o desenvolvimento saudável e mútuo das crianças de todas as idades. Brincar não é apenas algo legal e divertido é muito mais que isso. Com isso, os docentes devem entender tal importância na vida das crianças, principalmente quando se trata de incluir um aluno com necessidades especiais. Durante as brincadeiras as crianças exploram, resolvem problemas, desenvolvem habilidades motoras, de comunicação, motricidade fina e grossa, além de aprender sobre o compartilhar e controlar suas emoções (FREIRE, 2004).


A importância do brincar na educação infantil é um tema que permeia as práticas pedagógicas contemporâneas, especialmente quando se trata de educação inclusiva. O brincar é um dos primeiros meios de socialização da criança, permitindo que ela explore o mundo ao seu redor, desenvolva habilidades motoras e cognitivas, e crie vínculos afetivos. Na perspectiva da educação inclusiva, é fundamental que todas as crianças, independentemente de suas necessidades especiais, tenham acesso a ambientes lúdicos que promovam seu desenvolvimento integral.


Paulo Freire, um dos maiores educadores do século XX, enfatiza a importância do processo de busca e descoberta no contexto educativo. Em suas palavras, “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.” (Freire, 2004). Isso ressalta que o aprendizado não se limita ao resultado final, mas é enriquecido pelo caminho percorrido, repleto de beleza e alegria.


Na educação infantil inclusiva, é essencial criar oportunidades para que todas as crianças experimentem essa alegria e beleza no processo de aprendizagem. Brincar, nesse contexto, não é apenas uma atividade lúdica, mas uma ferramenta pedagógica poderosa que favorece a inclusão e o desenvolvimento. Portanto, garantir que todas as crianças possam participar plenamente dessas atividades é uma responsabilidade crucial para educadores e instituições de ensino.


Para isso, é importante que o docente esteja preparado para lidar com alunos de inclusão, proporcionando matérias que o auxiliem este aluno durante as aulas. Uma outra forma de incluir estes alunos é durante as atividades, o professor dividir os alunos em grupos e incluir um aluno com necessidades especiais em um dos grupos. Assim, o professor deve estimular seus educandos a terem empatia, atitudes respeitosas e colaborativas para com o colega de inclusão (ULBRA, 2009).


A aprendizagem se desenvolve através das relações humanas estabelecidas. O indivíduo, em seu processo de desenvolvimento, precisa interagir e se comunicar com outros seres humanos. A comunicação entre os pares na sala de aula é fundamental para esse processo. Os alunos ajudam uns aos outros, e o professor atua como um guia no caminho da aprendizagem. Essa interação promove uma aprendizagem conjunta, pois o ser humano aprende ao ensinar. Quando o grupo discute a matéria, os alunos tiram suas dúvidas e constroem conhecimento em conjunto. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 2004).

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Durante a realização deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas com base nos principais autores da pedagogia, Paulo Freire e Jean William Fritz Piaget. Nas obras destes autores escolhidos, á reflexões das ações do professor perante os alunos e a maneira como a criança aprende e vê o mundo.


De acordo com as pesquisas feitas, ficou entendível que o professor deve guiar seus alunos no processo de aprendizagem, usando o afeto, para que se envolvam nas aulas e despertem o desejo de aprender.


Com a inclusão de alunos, é importante que ocorra um acompanhamento de um profissional especializado, para auxiliar este aluno durante todo o ano letivo e os estimular a acompanhar seus colegas. O docente tem um papel de incluir o aluno com necessidades especiais as aulas, proporcionando atividades adaptadas se necessário e ajudando este aluno a interagir com seus colegas a partir da afetividade.


É importante ressaltar a relevância das relações interpessoais na educação, pois elas desempenham um papel crucial no processo de aprendizagem das crianças. Quando os alunos são divididos em grupos, têm a oportunidade de interagir e trocar conhecimentos, criando um ambiente colaborativo e enriquecedor. Essa dinâmica permite que eles tirem dúvidas uns com os outros, o que não só facilita o entendimento dos colegas, mas também aprofunda a própria compreensão da matéria por parte de quem explica.


A troca de informações entre os pares é uma ferramenta pedagógica poderosa. Quando uma criança explica um conceito para outra, ela reforça seu próprio aprendizado ao verbalizar e organizar suas ideias. Além disso, os colegas muitas vezes utilizam uma linguagem mais acessível e exemplos práticos que ressoam melhor com a experiência de vida dos demais, tornando o conteúdo mais compreensível.


Essa interação também promove habilidades sociais importantes, como a comunicação eficaz, a empatia e a cooperação. As crianças aprendem a ouvir ativamente, respeitar as opiniões dos outros e trabalhar em conjunto para resolver problemas. Tais habilidades são essenciais não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para o desenvolvimento pessoal e social.


Portanto, a criação de um ambiente de aprendizagem colaborativo, onde as relações interpessoais são valorizadas, deve ser uma prioridade na educação. Os professores devem incentivar essas interações, estruturando atividades que promovam o trabalho em grupo e a discussão coletiva. Ao fazer isso, eles estão não apenas facilitando o aprendizado imediato, mas também preparando os alunos para serem pensadores críticos e cidadãos engajados, capazes de colaborar e inovar em um mundo cada vez mais interconectado.


Por meio de tais considerações extraídas da análise dos materiais pesquisados, é possível concluir que o professor deve averiguar seu método de ensino, visando atingir todos os seus alunos sem fazer distinções. É importante ressaltar que cada educando aprende de uma forma e requer estratégias para o processo de aprendizagem.

 

4. REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB (Lei nº 5.692), 1971.

 

Educação inclusiva/ [organizado pela] Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) – Curitiba: Ibpex, 2009

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

 

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação de jogo. São Paulo: Zanhar, 1971.

 

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publicação de artigo científico

Esse artigo pode ser utilizado parcialmente em livros ou trabalhos acadêmicos, desde que citado a fonte e autor(es). Creative Commons, com atribuição e direitos não comerciais (BY, NC).



Como citar esse artigo:


SILVA, Geovanna Cristina de Souza; LEANDRO, Victória Caroline Loddi; FLORENCIO, Mariana Aguiar. A importância do brincar e a educação inclusiva no ensino infantil. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 3, 2024; p. 163-169. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n3.011



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