ACANTHOMATOUS AMELOBLASTOMA IN A DOG'S MAXILLA: CASE REPORT
Informações Básicas
Revista Qualyacademics
ISSN: 2965-9760
Tipo de Licença: Creative Commons, com atribuição e direitos não comerciais (BY, NC).
Recebido em: 21/06/2024
Aceito em: 22/06/2024
Revisado em: 23/06/2024
Processado em: 24/06/2024
Publicado em 25/06/2024
Categoria: Relato de Caso
Como referenciar esse artigo Rodrigues, Santos, Vendramim, Cruz (2024):
RODRIGUES, Ana Clara Figueiredo; SANTOS, Thalisson Rodrigues dos; VENDRAMIM, Giulia; CRUZ, Matheus Barbosa Gomes. Ameloblastoma acantomatoso em maxila de cão: relato de caso. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 3, 2024; p. 362-372. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n3.024
Autores:
Ana Clara Figueiredo Rodrigues
Médica Veterinária e pós-graduanda em anestesioligia e intensivismo pela Universidade Tuiuti do Paraná. – Contato: anaclarafr2000@gmail.com
Thalisson Rodrigues dos Santos
Graduando em Medicina veterinária pela Universidade Tuiuti do Paraná. – Contato: thalissonrs0609@gmail.com
Giulia Vendramim
Graduanda em Medicina veterinária pela Universidade Tuiuti do Paraná. – Contato: Giu.vendramim@hotmail.com
Matheus Barbosa Gomes Cruz
Médico Veterinário pela Faculdade Evangélica do Paraná. Doutorando em Ciências Veterinárias e Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Tuiuti do Paraná. - Contato: mbgcruz@gmail.com
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RESUMO
Os tumores localizados em cavidade oral são comuns na rotina clínica veterinária, ocupando a quarta posição em locais mais frequentes para desenvolvimento de neoformações, os tumores malignos que mais se desenvolvem nessa região são o melanoma, fibrossarcoma e carcinoma espinocelular. Este estudo de caso descreve o tratamento de um ameloblastoma acantomatoso na maxila de uma cadela Labradora Retriever de 12 anos, com 30 kg, que apresentava histórico de vômito, anorexia e uma neoformação na maxila. O objetivo foi diagnosticar e tratar o tumor de forma eficaz. A metodologia incluiu ultrassonografia abdominal, radiografia de tórax e tomografia computadorizada para avaliar a extensão tumoral, além de exames hematológicos e bioquímicos que se mostraram normais. A paciente foi submetida a uma maxilectomia rostral parcial, precedida por tratamento periodontal e extração dos dentes caninos superiores. A cirurgia foi realizada com antissepsia rigorosa e controle da hemorragia, seguida de sutura cuidadosa para evitar deiscência. Justifica-se o estudo pela importância da manutenção da função oral em cães, dada a sua relevância para a alimentação e proteção da espécie. Os resultados foram positivos, com a paciente se recuperando bem, alimentando-se normalmente e recebendo alta no mesmo dia, destacando a eficácia do diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico curativo para tumores orais em cães.
Palavras-chave: Cavidade Oral; Ameloblastoma; Odontogênico.
ABSTRACT
Oral cavity tumors are common in veterinary clinical practice, ranking fourth among the most frequent sites for the development of neoplasms. The most common malignant tumors in this region are melanoma, fibrosarcoma, and squamous cell carcinoma. This case study describes the treatment of an acanthomatous ameloblastoma in the maxilla of a 12-year-old, 30 kg female Labrador Retriever, which had a history of vomiting, anorexia, and a maxillary mass. The objective was to diagnose and effectively treat the tumor. The methodology included abdominal ultrasonography, thoracic radiography, and computed tomography to assess the tumor's extent, along with hematological and biochemical tests that were within normal limits. The patient underwent a partial rostral maxillectomy, preceded by periodontal treatment and extraction of the upper canine teeth. The surgery was performed with strict antisepsis and hemorrhage control, followed by careful suturing to prevent dehiscence. The study is justified by the importance of maintaining oral function in dogs, given its relevance for feeding and species protection. The results were positive, with the patient recovering well, eating normally, and being discharged on the same day, highlighting the effectiveness of early diagnosis and curative surgical treatment for oral tumors in dogs.
Keywords: Oral Cavity; Ameloblastoma; Odontogenic.
1. INTRODUÇÃO
A cavidade oral dos animais, localizada na cabeça, desempenha funções essenciais, como preensão de alimentos, defesa e ataque (DUBRUL, 1991; MADEIRA, 2001). Ela é composta por duas regiões principais: o vestíbulo e a cavidade oral propriamente dita (FOSSUM, 2014). Tumores na cavidade oral são comuns na prática clínica veterinária, ocupando a quarta posição entre os locais mais frequentes para o desenvolvimento de neoformações (FOSSUM, 2014). Esses tumores podem ser encontrados na gengiva, língua, mucosa oral e labial, alvéolos dentários, bem como nos palatos duro e mole (BIRCHARD, 1996; RODRÍGUEZ-QUIRÓS et al., 1998; WHITE, 2003).
Os tumores benignos da cavidade oral, como epúlides, ameloblastomas e papilomas, são localmente expansivos. Clinicamente, esses tumores podem causar halitose, sialorreia, sangramento oral, anorexia e deformidade facial. O diagnóstico é baseado na análise celular da tumoração, preferencialmente através de exame histopatológico. O tratamento consiste na exérese tumoral com margens sadias, utilizando técnicas cirúrgicas como maxilectomia ou mandibulectomia, dependendo da localização da lesão. O prognóstico é favorável quando o procedimento cirúrgico é curativo.
As neoformações na cavidade oral podem ser classificadas com base em seu comportamento biológico, origem embrionária e região odontogênica (BELLOWS, 2004; RODRÍGUEZ-QUIRÓS et al., 1998). As neoplasias malignas mais comuns na cavidade oral em cães são melanoma e fibrossarcoma, enquanto em felinos o carcinoma espinocelular é mais prevalente (FOSSUM, 2014). Os tumores benignos, como epúlides, ameloblastomas e papilomas orais, são invasivos localmente (FOSSUM, 2014).
O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem epitelial dentária, caracterizado por crescimento rápido inicial seguido de estagnação (LEWIS, 2007; WHITE, 2003; KESSLER, 2006). Clinicamente, os tumores na cavidade oral podem causar halitose, perda de peso, anorexia, vômito, sialorreia, sangramento oral e deformidade facial (DALECK; DE NARDI, 2016). O diagnóstico é realizado por meio de análise celular da tumoração, preferencialmente através de exame histopatológico. Devido à alta incidência de neoformações malignas, é recomendado realizar exames adjuntos de estadiamento oncológico (DALECK; DE NARDI, 2016).
O tratamento dos tumores na cavidade oral consiste na exérese tumoral com margens limpas, utilizando técnicas cirúrgicas de maxilectomia ou mandibulectomia, conforme a localização tumoral (FOSSUM, 2014). Animais com tumores benignos na cavidade oral apresentam excelentes prognósticos após a exérese cirúrgica (FOSSUM, 2014). Os resultados mais desfavoráveis são observados em animais com osteossarcoma e melanoma maligno, enquanto cães com fibrossarcoma têm prognósticos intermediários. Animais com carcinoma de células escamosas geralmente apresentam bom desfecho pós-remoção cirúrgica (PIPI; GOMES, 2016).
Este contexto nos leva ao relato de um caso específico que ilustra a complexidade e a abordagem necessária no manejo dos tumores orais em cães. Apresentamos a história de uma cadela Labradora Retriever de 12 anos, que foi encaminhada à clínica com uma massa na maxila, caracterizada como ameloblastoma acantomatoso. Este caso destaca a importância de um diagnóstico preciso e de um planejamento cirúrgico meticuloso, bem como a eficácia do tratamento odontológico seguido da exérese tumoral. A condução deste caso permite explorar em detalhes as técnicas utilizadas, os desafios enfrentados e os resultados alcançados, contribuindo para o entendimento e aprimoramento das práticas clínicas em oncologia veterinária.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O quarto local mais comum de desenvolvimento tumoral é a cavidade oral, correspondendo a 5% dos tumores malignos em cães e 7% em gatos, ocorre mais frequentemente em caninos do que felinos, encontrado em maior frequência em animais do sexo masculino (FOSSUM, 2014). As neoplasias nessa região abrangem a gengiva, mucosa bucal, mucosa labial, língua, tonsilas ou elementos dentários. Tumores na cavidade oral geralmente são encontrados em pacientes de meia idade a idosos, contendo de 7 a 10 anos de idade (FOSSUM, 2014).
A cavidade oral é composta pelo palato duro, palato mole, arcada dentaria, língua e mucosas anexas, sobretudo, essa área anatômica também apresenta uma região denominada vestíbulo, compostas pelo interior dos lábios e bochechas (FOSSUM, 2014). As tumorações identificadas em cavidade oral são comumente localizadas na gengiva, na língua, presentes na mucosa oral e labial, nos alvéolos dentários, além dos palatos, duro e mole (Birchard 1996, Rodrígues-Quirós et al. 1998, White 2003).
No presente momento, é utilizado uma classificação tumoral de tumores em cavidade oral dividida em tres classificações, podendo ser conceituada com base em seu comportamento biologico, o tipo de tecido embrionário original da tumoração e o a localização em região odontogênica (Bellows 2004, Rodrígues-Quirós et al. 1998). Um crescimento tumoral considerado odontologica, é um aglomerado de celulas prsentes em estruturas dentárias (Rodrígues-Quirós et al. 1998), tumores não odontogênicos presentes em estruturas distintas da cavidade oral, são frequentemente malignas (Bellows 2004, Birchard 1996).
Os tumores mais agressivos encontrados em cavidades orais nos cães são o melanoma maligno e o fibrossarcoma, já em gatos, prevalece o carcinoma espinocelular. Além disso, podem ser encontrados osteossarcomas nas mandíbulas e maxilas, que correspondem à 10% das neoplasias malignas nessas estruturas ósseas. Os tumores benignos que se encontram na cavidade oral, são denominados de epúlides, ameloblastomas e papilomas orais (FOSSUM, 2014).
Com desenvolvimento da neoformação o paciente crítico pode vir apresentar manifestações clínicas como dor ao abrir a boca, halitose, sialorreia e anorexia (MENDES, et al. 2019).
Para diagnóstico da neoformação de cavidade oral é necessário avaliar a celularidade do aumento de volume, o exame citopatológico vai fornecer o diagnóstico sugestivo, identificando qual o tipo celular da amostra. E o diagnóstico definitivo é realizado pelo exame histopatológico. Esses exames vão fornecer informações suficientes para possibilitar planejamento de tratamento e prognóstico (TOBIAS, 2012). Visando uma correção cirúrgica, e avaliação de toda estrutura e delimitação tumoral, recomenda-se realizar tomografia computadorizada e ressonância nesses pacientes (FOSSUM, 2014).
Com incidência alta de tumores malignos presentes em cavidade oral, se faz necessário exames complementares para estadiamento oncológico, possibilitando identificar ausência ou presença de metástase, os exames acessórios são radiografia torácica e ecografia abdominal (DALECK; DE NARDI, 2016).
Com base na expansividade tumoral, o tratamento de primeira escolha é a exérese cirúrgica da massa com margem de tecido sadia, para isso, as técnicas cirúrgicas de escolhas são a maxilectomia ou mandibulectomia, procedimentos se destingir com base na região tumoral. A terapia adjunta com quimioterapia ou radioterapia se faz necessária quando a técnica cirúrgica não é curativa e a neoformação é maligna (DELCK; DE NARDI, 2016).
Animais com tumores benignos em cavidade oral apresentam excelentes resultados, com um bom prognóstico após a exérese cirúrgica (FOSSUM, 2014). Os animais com os resultados mais desfavoráveis são os que possuem osteossarcoma e melanoma maligno, os cães com fibrossarcoma apresentam resultados regulares e os animais com carcinoma de células escamosas possuem um bom desfecho pós remoção cirúrgica da tumoração (PIPI; GOMES, 2016).
O procedimento cirúrgico mais agressivo em pacientes com neoplasia em cavidade oral evidencia uma melhora na manutenção e na perspectiva de vida dos animais. Com essa conduta, é visto nos pacientes uma sobrevida de um ano em 70% a 90% dos pacientes oncológicos. Adicional a isso, as taxas de recidivas locais são descritas em menos de 50% dos pacientes (BERG, 2012). O local da tumoração também está relacionado com a sobrevida do paciente, a localização mais rostral do tumor gera um prognóstico mais favorável, uma vez que são mais facilmente visualizados pelos tutores, possibilitando uma ressecção cirúrgica completa. Os tumores localizados em região caudal ao dente canino apresentam uma possibilidade de óbito 5 vezes superior aos tumores localizados em outras áreas da cavidade oral dos animais (LIPTAK; WITHROW, 2007).
As remoções cirúrgicas incompletas geram ao paciente um porcentual de 62% a 65% de chances de desenvolverem retorno da tumoração local, dessa forma exérese cirúrgica incompleta pode causar 2 a 4 vezes mais chances óbito (LIPTAK; WITHROW, 2007).
2.1 AMELOBLASTOMA
O tumor ameloblastoma é habitualmente manifestado na mandíbula, apenas 20% das neoformações se desenvolvem na maxila (SÁ, et al. 2004). É uma proliferação celular de origem de tecido epitelial preceptora do esmalte dentário, sendo considerado um tumor odontogênico, pode ser classificado como intraósseo ou extraósseo (Lewis 2007, White 2003, Kessler 2006). O ameloblastoma é considerada uma neoplasia localmente invasiva, sendo uma massa tumoral que representa cerca de 10% dos tumores odontogênico (SÁ, et al. 2004). A incidência desse tumor odontogênico em cães é considerada baixa (White 2003, Smith 2005).
O tumor odontogênico, ameloblastoma é considero progressão tumoral é de caráter expansivo, mas de desenvolvimento lento, porém podem estar em estágio de latência e posteriormente a ter um desenvolvimento acelerado (Gomes, 2013).
3. RELATO DE CASO
Foi atendida uma cadela Labradora Retriever, 12 anos, com 30kg e com histórico de vômito e anorexia, além de também ter indicado a existência de uma neoformação na região de maxila há quatro anos com rápida evolução inicial com posterior estacionamento no seu crescimento. Em biopsia previamente realizada havia-se diagnosticado tal tumor como ameloblastoma acantomatoso.
Durante avaliação da paciente foi solicitado ultrassonografia abdominal e radiografia de tórax com o intuito de descartar a presença de outras neoformações, os exames apresentaram o laudo dentro da normalidade da espécie. Além disso, foi solicitado uma tomografia computorizada para avaliar toda extensão tumoral, os achados tomográficos sugeriram neoplasia odontogênica, caracterizada por uma formação oral de provável origem óssea (periósteo)/dentária (cemento) do osso ou dente central incisivo maxilar direito. A formação estava ainda promovendo um efeito de massa sob o dente incisivo medial direito e leve reabsorção do osso alveolar adjacente ao mesmo. O laudo da tomografia considerou os como possíveis diagnósticos diferenciais: proliferações ósseas benignas (fibroma ósseo – de origem do cemento/periósteo/ligamento periodontal/ entre outros), não se descartando processos malignos.
Em seguida foi realizada uma coleta de sangue para análise hematológica e bioquímica, onde os valores se encontravam dentro do padrão de normalidade da espécie.
Após uma avalição cuidadosa e criteriosa dos sinais clínicos juntamente com os exames complementares, a paciente foi encaminhada para clínica cirúrgica na qual foi possível fazer um planejamento cirúrgico em duas etapas, a primeira consistia em um tratamento odontológico e a segunda etapa é a exérese tumoral, com a técnica cirúrgica maxilectomia rostral parcial.
A paciente, já em indução anestésica, foi posicionada na mesa cirúrgica, em decúbito ventral e a boca amarrada e aberta até a sua máxima extensão. Em seguida, foi realizada a preparação antisséptica da cavidade oral e nasal e o enxágue da boca com solução antisséptica. Após, se iniciou a cirurgia odontológica, esse procedimento constitui-se de tratamento periodontal em toda arcada dentária e a extração dos dois dentes caninos superiores que estavam íntegros para viabilizar o procedimento de exérese tumoral, uma vez que a localização da massa tumoral inviabiliza sua remoção sem a retirada dos dentes caninos.
Posterior ao tratamento periodontal, com a paciente já posicionado foi iniciado a técnica cirúrgica de maxilectomia rostral parcial. Foi feita a incisura 2 cm de distância em todas a bordas da massa, sendo primeiro na mucosa ao redor do tecido distendido, fazendo a em blocos. Procedeu-se com a utilização de uma serra oscilatória para corte do osso incisivo e maxila. Durante o procedimento, as hemorragias foram contidas, principalmente pela pressão de compressas e ligaduras nos vasos mais calibrosos (A. palatinas). Após a retirada do tecido, procedeu-se com a lavagem da região para garantir que todo tecido lesionado fosse retirado. Seguidamente, foi executado fechamento da falha causada pela retirada do tumor, aproximando-se as mucosas adjacentes com um ponto isolado simples em cada extremidade. Em seguida, foi realizada suturas em isolado simples em toda extensão da lesão. E em regiões de maior pressão foi feita uma segunda camada de sutura para evitar deiscência de ponto.
Durante o trans operatório, a paciente se manteve estável e o procedimento foi finalizado com sucesso. Por ter se mostrado ativa, além de já estar se alimentando, a paciente recebeu alta no fim da tarde em que se ocasionou o evento.
4. CONCLUSÃO
A cavidade oral dos canídeos é essencial para a manutenção da espécie, pois é fundamental para a apreensão de alimentos e a proteção. Em animais domésticos, a qualidade da função da cavidade oral é crucial, pois qualquer deficiência nesta área pode comprometer significativamente a qualidade de vida dos pets, dificultando a ingestão de alimentos e água. Tumores na cavidade oral são relativamente comuns em cães e apresentam uma alta incidência de malignidade. O diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico curativo são as principais abordagens terapêuticas eficazes para esses casos. Este estudo de caso demonstrou que, com um diagnóstico preciso e um planejamento cirúrgico adequado, é possível alcançar resultados positivos, como evidenciado pela recuperação satisfatória da paciente descrita.
4.1. SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Para ampliar o conhecimento sobre tumores orais em cães, estudos futuros poderiam focar em:
1. Comparação de Técnicas Cirúrgicas: Avaliar a eficácia de diferentes técnicas cirúrgicas, como maxilectomia e mandibulectomia, em termos de taxa de recidiva tumoral e recuperação pós-operatória.
2. Terapias Adjuvantes: Investigar o papel de terapias adjuvantes, como quimioterapia e radioterapia, no tratamento de tumores malignos da cavidade oral, comparando os resultados com a cirurgia isolada.
3. Diagnóstico Precoce: Desenvolver e validar novos métodos de diagnóstico precoce, como biomarcadores específicos e técnicas de imagem avançadas, para melhorar a detecção precoce de tumores orais.
4. Qualidade de Vida: Estudar o impacto das diferentes abordagens terapêuticas na qualidade de vida dos cães, incluindo a função oral e o bem-estar geral, através de avaliações longitudinais.
5. Aspectos Genéticos: Explorar a influência de fatores genéticos na predisposição ao desenvolvimento de tumores orais em cães, identificando possíveis genes associados à malignidade e ao comportamento tumoral.
Essas áreas de pesquisa podem contribuir significativamente para o aprimoramento das práticas clínicas e dos resultados terapêuticos em oncologia veterinária.
5. REFERÊNCIAS
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MORAES, F.; CARDOSO, R.; RODRIGUES, S.; DUTRA, M.; PEREIRA, U.; BORGES, T. Ameloblastoma: uma análise clínica e terapêutica de seis casos: relato de caso. Revista Brasileira de Ortopedia, Goiânia, p. 1-4, 28 fev. 2014.
MOTA, F. O. Maxilectomia parcial no tratamento do tumor ósseo multilobular em um cão: relato de caso. 2018. Curitibanos, 45f. TCC (Graduação) – Curso Medicina Veterinária, Universidade Federal de Santa Catarina.
NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 5. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
OLIVEIRA, G. Estudo radiográfico e por tomografia computadorizada das formações orais em cães. 2008. São Paulo. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) – Curso de Pós-graduação em Ciências Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
REQUICHA, João Filipe; PIRES, Maria dos Anjos; ALBUQUERQUE, Carlos Manuel; VIEGAS, Carlos Alberto. Neoplasias da cavidade oral do cão - Breve revisão. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, Campo Grande, v. 1, n. 37, p. 41-46, mar. 2015.
SÁ, Antonio Carlos Domingues de; ZARDO, Maurício; PAES JUNIOR, Ademar José de Oliveira; SOUZA, Ricardo Pires de; NEME, Murilo Postiglioni; SABEDOTTI, Ismail; LOVATO, Ary Fernando Guimarães; COSTA, Karen dalla; RAPOPORT, Abrão. Ameloblastoma da mandíbula: relato de dois casos. Radiologia Brasileira, [S.L.], v. 37, n. 6, p. 465-468, dez. 2004.
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