LITERACY: A BRIEF REFLECTION ON METHODS, PHASES AND
Como citar esse artigo:
AQUINO, Edailze Pelutti de; CIRQUEIRA, Tayson Silva; SILVA, Renan Costa. Alfabetização: uma breve reflexão sobre os métodos, fases e desafios. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 577-589. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.035
Autores:
Edailze Pelutti de Aquino
Formada em Psicopedagogia pela Faculdade FASIP – Contato: Daiasophia33@gmail.com
Tayson Silva Cirqueira
Licenciado em Letras-Língua Portuguesa pela UFPA, Especialista em Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Artes pela Faculdade FAVENI – Contato: tayson3@live.com
Renan Costa Silva
Pós-graduado em Metodologia do Ensino de História e Geografia pela Faculdade INTERVALE– Contato: nanerrenan123@outlook.com
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RESUMO
Este artigo busca refletir sobre os métodos, fases e desafios do desenvolvimento lógico vivido pela criança para chegar a alfabetização trabalhando as primeiras etapas da leitura e escrita, tal processo é muito importante para o desenvolvimento pleno do estudante, também abordaremos de forma breve os desafios enfrentados em meio a esse processo. As concepções sobre. Também discutiremos os conceitos de alfabetização e letramento porque apesar de algum tempo as duas andarem juntas elas não têm o mesmo significado. Para a fundamentação do texto, utilizou-se a visão de autores que conhecem bem o assunto e serviram como suporte para a apropriação das ideias, tais como Piaget e Vygotsky, além de outros que serão os norteadores nessa construção, que terá na sua parte final uma reflexão sobre as teorias adquiridas durante a realização desse trabalho.
Palavras-chave: Alfabetização; Reflexão; Fases; Desafios.
ABSTRACT
This article seeks to reflect on the methods, phases and challenges of the child's vivid logical development to reach literacy by working on the first stages of reading and writing, this process is very important for the student's full development, we will also briefly address the challenges faced amid this process. The conceptions about. We will also discuss the concepts of literacy and literacy because although the two have been together for some time, they do not have the same meaning. To support the text, we used the vision of authors who knew the subject well and served as support for the appropriation of ideas, such as Piaget and Vygotsky, as well as others who will be the guides in this construction, which will have in its final part a reflection on the theories acquired during the carrying out of this work.
Keywords: Literacy; Reflection; Phases; Challenges.
1. INTRODUÇÃO
Após termos passados quase duas décadas e meia do século atual, termos sobrevividos a uma pandemia de grande magnitude e impactos marcantes, ainda podemos ver professores presos a metodologias enfadonhas e estarrecidas. Esquecem que estamos em uma era tecnológica, onde os avanços estão cada vez mais presentes na sociedade, tornando-a dependente dos recursos tecnológicos, tais como celular, notebook, aplicativos, dentre outros.
A lacuna que ficou na educação deixada pela pandemia é drástica e levará anos para amenizar tal perda. E ao se falar em lacuna, pode-se dizer que o desastre maior está na alfabetização em geral. Ou seja, nos alunos das séries iniciais dos anos de 2020 a 2022 praticamente, pois é a base da educação básica no Brasil.
Considerada um grande processo de aprendizagem, a alfabetização deve ser desenvolvida na maioria das vezes, nos anos iniciais, para que assim a criança possa tornar-se apta para se comunicar com os demais.
A alfabetização é de suma importância para toda e qualquer criança, chegando a ser considerada pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – “um processo de aquisição de habilidades cognitivas básicas que são cruciais para o desenvolvimento socioeconômico da capacidade de conscientização da sociedade e também da reflexão crítica que é essencial para a mudança pessoal e social”. Vista, também como uma forte ferramenta no combate à desigualdade social.
Sendo assim, para melhor embasamento teórico sobre os Métodos De Alfabetização E Suas Fases buscou-se autores que dialogam sobre o tema. A parti deste momento, a reflexão culminará na propositura de metodologias e ideias de atividades a serem desenvolvidas que visam contribuir para o sucesso escolar.
A escola do tema foi motivada pela observação da lacuna na educação, já mencionada anteriormente, onde os alunos avançam as séries sem saber ler, escrever com fluência. Assim, a evasão escolar infantil, queda de rendimento, desinteresse e dificuldade em compreender os conteúdos estudados ainda nas series do ensino fundamental I.
Desse modo, o estudo em questão delineia-se tendo como objetivo geral: Refletir sobre o processo de alfabetização e suas fases. E para melhor especificar sobre o tema: I) investigar as metodologias adotadas e suas teorias; II) identificar as fases das alfabetização e desenvolvimento humano; III) ponderar os saberes necessários do professor alfabetizador, sem deixar de ressaltar os pontos relevantes da sala ambiente diante dos conteúdo aplicados, com isso pode-se identificar as melhorias que as inovações metodológicas podem proporcionar.
Quanto a metodologia aplicada nesta pesquisa, caracteriza-se por ser bibliográfica iluminada pelos autores: Piaget (1998), Vygotsky, Maria Soares (2010) entre outros que contribuíram de forma plausível para a estruturação desse trabalho.
Dessa forma justifica-se a discussão sobre o tema pela necessidade de que os professores precisam estar em constante evolução, buscando o melhor direcionamento no que tange a sua metodologia, visando amenizar o quanto antes a proporção em relação a dificuldade na leitura e na escrita nas séries iniciais do ensino fundamental I. Sempre lembrando que um ambiente acolhedor para as crianças ainda é a melhor recomendação, pensando em ter uma aprendizagem dinâmica e, sobretudo, prazerosa. Podemos incrementar ainda mais, ao dizer que vivemos em uma sociedade a qual oferece aos educadores meios e recursos científicos pelos quais podemos planejar e ministrar aulas que ampliem o conhecimento dos alunos, que façam com que essas crianças tenham a consciência da importância de do processo de ensino e aprendizagem de uma boa escrita e leitura.
2. UM BREVE PANORAMA DE ACORDO COM O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
O Sistema de Avaliação da Educação (SAEB) identifica que em Língua Portuguesa em geral, tem por métodos de avaliação 3 (três) eixos do conhecimento. São eles: I) Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA); II) Leitura; III) Produção Textual. O primeiro eixo da Matriz a qual usa-se de referência da disciplina em questão não é tirada de simples estudo, ela deriva-se da linguagem denominada na Base Nacional Comum Curricular - BNCC – onde se trabalha a alfabetização, a qual refere-se aos primeiros anos das series do ensino fundamental I.
Através do eixo da Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), procura-se analisar como os alunos da série em destaque estão se relacionando com o conteúdo que estão destinados a eles. Desde da averiguação da “construção do sistema alfabético e da ortografia”, ou seja, buscam conhecer como está o domínio da ortografia correta dos alunos.
Nos testes de leitura e escrita valorizam a identificação de padrões silábicos, com vogal, consoante-vogal-consoante, consoante-consoante-vogal, consoante-vogal-vogal, vogal-consoante. Baseando-se nos testes aplicados, buscam analisar como os alunos compreendem o desenvolvimento do sistema da escrita bem como sua aplicação na construção de palavras.
Já no eixo da Leitura, buscam analisar como está a compreensão da leitura dos alunos, se os alunos conseguem efetuar a leitura de forma que eles possam tirar informações básicas de dentro do texto. Até mesmo se eles conseguem identificar qual gênero textual se refere, se é um bilhete, uma carta, agenda, lista, recado, legenda de foto, regra de algum jogo, aviso, convite ou receita. Para verificar tal quesito, os alunos devem fazer a leitura e a compreensão de forma autônoma.
No último eixo que é o de Produção Textual, esperam que ao final da série avaliada o aluno já seja capaz de escrever frases e textos pequenos, assim como fazer uso correto da pontuação, seja fiel ao gênero escolhido e não fuga do assunto, que saiba o momento exato de usar letras maiúsculas.
De forma simplificada, os avaliadores esperam que as crianças façam sua produção textual com coesão e coerência, além do uso da grafia e da pontuação corretamente.
Os testes de Língua Portuguesa são divididos em 7 (sete) blocos de múltiplas escolhas, com 8 (oito) itens diferentes, totalizando assim 56 múltiplas escolhas possíveis para os alunos escolherem; sete 7 (sete) blocos de perguntas com resposta discursiva e 1 (um) bloco para a produção de texto. As perguntas são alternadas de prova para prova, dificultando que as crianças possam olhar ao seu redor e copiar a resposta do colega ao lado.
Portanto por meio dessas diretrizes conseguimos identificar o que é necessário para se considerar alguém como alfabetizado, uma vez que o Saeb visa contribuir para a universalização do acesso à educação e ampliar a qualidade, equidade e eficiência do ensino em todos os estados brasileiros, bem como subsidiar a elaboração e monitoramento de políticas educacionais.
3. OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR PROFESSORES EM SALA DE AULA
Muito se tem dialogado sobre a os conhecimentos e saberes são de competência do educador que buscar uma metodologia eficaz em sala de aula. Dentre os pesquisadores que contribuíram com suas pesquisas, podemos mencionar por exemplo Freire (1996), Tardif e tal (2002), Pimenta (2005), Brasvasky (1999), Masetto (1998), Perrenoud (2000), Zabalza (2006), Anastasiou (2002) e Cunha (2004) dentre outros. O legado deixado por esses e outros pesquisadores muito tem-se contribuído para que educadores busquem meios que possam ajuda-los em seu contexto de sala de aula.
No paralelo, Bulhões (2017) diz que nosso cenário educacional está abalado, pois são tantas as informações de fácil e rápido acesso, que nossos alunos, em sua maioria, não sabem filtra-las e recicla-las, haja vista que não fazem uma seleção das quais são realmente importantes e quais podem dispensa-las sem nenhuma perca.
Bulhões (2017), ressalta ainda que, essa era digital, onde se tem acesso a tantas informações, sejam elas validas ou não par ao crescimento social, tem como plateia, pessoas com os aspectos cognitivos abalados por uma sociedade, onde os direitos que lhes convém, são mais valorizados que os deveres.
Segundo Suanno (2013) os discentes não são estimulados para aprender, não que o educador omita o quão é importante aprender, mas sim pela metodologia em que suas atividades escolares com aulas enfadonhas, e centrada no tripé: quadro – pincel – livro didático, livro esses que muitas das vezes já estão com suas folhas amarelas e desgastadas pelo tempo de uso.
Brindando a esse pensamento, Sales (2015), reforça que mesmo estando a mais de duas décadas do século XXI, ainda é possível encontrar professores que teimam no uso de metodologias que não contemplam de forma ampla os alunos na aquisição da leitura e da escrita. Ainda podemos encontrar escolas que por mais que tenham acesso aos recursos tecnológicos, seus professores ainda estão numa bolha onde o que prevalece é continuamente o ensino de forma tradicional, onde colocam o aluno com mero receptor de conhecimento.
Tardif (2002), estimula-se que os professores se apoiam em saber que envolvam os conhecimentos, as habilidades e incrementada por atitudes profissionais. Sendo assim pode-se sentir o poder do verdadeiro sentido de “saber” resuma-se a uma definição clara, objetiva e unificada a uma “colher de CHA”, Conhecimento, Habilidade e Atitude.
Comparando a fala de Tardif (2002) com acontecimentos, é possível dizer que os educadores precisam estar em busca constante por novos meios, métodos, novos saberes e ainda mais, ter uma sintonia com as tecnologias atuais. Para que assim, não se sintam envergonhados quanto surgir assuntos ligados a tecnologias dentro das discussões em sala e atitude frente ao que acontece em sala com os discentes. Isso mostra que os professores estão fazendo um bom uso da sua colher de chá diariamente.
Dentro dessa perspectiva e destacando que o saber do professor se fundamenta em saberes pedagógicos e saberes da experiência, Pimenta (2005), afirma que é na mobilização desses saberes que os educadores desenvolvem a capacidade de investigar e inova a própria atividade e, a partir dela, constituírem e transformarem seus saberes – fazeres docentes.
4. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Antes de entrarmos no assunto sobre os métodos e sobre a alfabetização precisamos compreender sobre o processo de desenvolvimento da criança, A alfabetização formal, que na maioria acontece na escola, começa por volta dos seis, sete anos. Mas não acontece somente quando na escola, pois ela é inserida no mundo da linguagem desde muito cedo. Enquanto na escola, na educação infantil, esse processo de alfabetização prepara a criança para o aprendizado da leitura e escrita. Esse processo de alfabetizar sempre anda junto com vários métodos, um deles é a leitura ela é um dos principais meios para desenvolver habilidades para esse processo de alfabetizar, como a memória, a imaginação e a atenção. Dentre os teóricos que abordam esta temática destacam se o psicólogo e filósofo suíço Jean Piaget e o psicólogo Vygostsky, além do estudo da escrita pelas autoras Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. Piaget acredita que o indivíduo consegue adquire o conhecimento através do contato com o mundo exterior.
Também há alfabetização quando é inserida as brincadeiras, essa atividades devem prioritariamente serem lúdicas para motivar as crianças para a aprendizagem. Por isso, elas devem ser expostas a experiências que promovam o desenvolvimento de habilidades importantes para a alfabetização, como a leitura, música e diversas outras. Maria Soares cometa assim “quando o equilíbrio se restabelece, tem-se a uma adaptação. A adaptação é, dessa forma, constituída de dois processos diferentes, porém indissociáveis: assimilação e acomodação” (2010. p. 11).
Ainda na educação formal os professores devem focar no desenvolvimento do aluno em sociedade assim como o melhoramento da autoconfiança dos educandos para que possam enfrentar os desafios da alfabetização. Nessa fase, as crianças devem ser estimuladas a desenvolver as áreas motora e cognitiva.
Piaget (1998) diz que a criança passa por quatros períodos de desenvolvimentos. Ele iguala o estágio para todas as pessoas e pode acontecer na mesma ordem, mas no que diz a cronologia eles são diferentes e podem sofrer alterações dependendo do estimulo que recebe. São os quatro estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget. Ele divide o desenvolvimento cognitivo em: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. O primeiro estágio é do sensório-motor que inicia desde o nascimento da criança e vai até os dois anos de idade. No segundo estágio o período pré-operatório começa aos dois anos e termina aos 7. O estágio operatório-concreto acontece dos 7 anos e vai até aproximadamente 12 anos. Nele o indivíduo apresentar uma capacidade de ação interna de algumas operações mentais. No quarto e último estágio que se inicia aos 12 anos o indivíduo realiza o raciocínio 4 hipotético-dedutivo e também consegue usar bem as palavras tendo assim um ganho de tempo e aperfeiçoamento do conhecimento.
O processo de aprendizado para o pesquisador Vygotsky (1987) diz que as funções do desenvolvimento da criança iniciam primeiro no ambiente familiar e depois passa a ser individual. Tudo que a criança consegue fazer por si mesma é chamado de desenvolvimento real e tudo aquilo que ela faz com o auxílio de outra pessoa é denominado potencial. O educando tem que distinguir qual nível a criança se encontra para que desta forma possa fazer atividades que façam a criança ir de um nível para outro. A habilidade de saber ler e escrever pode mudar o futuro de uma criança e é um dos primeiros passos para que ela possa ter um desenvolvimento pleno e saudável, isso é importante para seu pleno desenvolvimento ao longo de sua formação até a vida adulta, seja no âmbito cultural, de lazer e, até mesmo, no mercado de trabalho, com melhoria da qualidade de vida.
Soares (2010) diz que no primeiro nível do pré-silábico a criança começa a entender que além das gravuras existem outros modos de representa os desenhos como a escrita e os números, todos se misturam e se complementam, a parte disso começa a marcá-los. Nas primeiras tentativas para a aquisição da escrita a criança ainda representa o objeto através de desenhos. Podemos afirmar que há um avanço, ao perceberem que a palavra escrita representa não uma coisa diretamente, mas das coisas que o cerca. Ao aprender as letras que compõem o próprio nome, o aprendiz percebe que se escreve com letras que são diferentes de desenhos. No nível silábico a criança já consegue representar o objeto através da escrita, pois compreende que os sons da fala representam à escrita. “A partir daí, formula a hipótese de que cada letra vale por uma sílaba. O terceiro nível é o silábico-alfabético, nesta fase a criança descobre que sílaba não é a menor unidade da palavra. No quarto e último o nível alfabético a criança já representa cada fonema com o signo gráfico apropriado.
Porém, precisamos criar também atividades para as crianças, e escolhemos algumas aqui que achamos pela internet e em artigos pedagogo e quanto mais cedo começarmos o estudo de aprimoramento, mais a criança estará apta a adquirir mais habilidades. Podemos deduzir que as crianças constroem o próprio conhecimento daí a palavra construtivismo. Uma das principais descobertas implicações dessa conclusão para a prática escolar em particular. Por isso podemos deduzir que escola tem que saber trabalhar cada fase das crianças de forma individualizada e validando cada etapa, pois só quando sabe em qual estágio ela se encontra poderá desenvolver as atividades que melhor corresponde a sua receptiva idade. 3. Conceitos de Alfabetização e Letramento Por muito tempo o conceito de alfabetização ficou ligado ao fato de saber ler decodificando os gráficos e escrever transformando os sons através das palavras.
Em 1980 surge palavra letramento que enfatiza o saber ler e escrever tendo entendimento sobre ambos (SOARES, 2010). Ele é um processo mais amplo que possibilita o desenvolvimento de habilidades, comportamentos e práticas de uso do sistema convencional da escrita na produção e compreensão de textos inseridos nas práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita.
Soares (2006) diz que alfabetizar é o indivíduo que apenas aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a condição de que se apropriou da leitura e da escrita, incorporando as práticas sociais que as demandam. Saber ler ou escrever não significa dizer que alguém é letrado e ele também não pode ser considerado analfabeto, pois analfabeto é aquele que nem ler e escrever consegue. Então só de modo recente surge a necessidade de se falar de letramento, pois só agora este termo se tornou necessário (SOARES, 2006. p. 36).
Letramento e alfabetização são diferentes, porém não inseparáveis. “[...] processos diferentes, cada um com suas especificidades. Porém, ambos são indispensáveis quando se leva em consideração a aprendizagem e a leitura e da escrita” (2010. p. 37).
Voltando a falar sobre métodos, alguns que podem ser trabalhados na Alfabetização Os Métodos Globais iniciaram no século XIX, pelo movimento educacional Escola Nova. Esse movimento valorizava as necessidades e interesses dos alunos e enfatizava que a criança só aprendia praticando, portanto incentivava a leitura e prazer dos livros muito diferente do que acontecia nos métodos tradicionais que valorizava a memorização dos textos (CARVALHO, 2009). O método de contos tinha como prática começar a alfabetização através da leitura das histórias. O método ideovisal acredita que esta prática que a escola tinha que colocar conhecimentos que estivessem atrelados ao cotidiano das crianças. O método natural pressupõe que a criança se familiariza com a escrita por emissão na escrita, à medida que interage com textos, ouve histórias, desenha, faz tentativas de escrita. Outro método que pode ser usado na sala de alfabetização é da Palavra Geradora desenvolvido por Paulo Freire, nele a criança irá passar por quatros etapas. O primeiro passo é codificar a palavra geradora que pode ser representada por meio de uma imagem, pois assim estimula o diálogo desenvolvendo a crítica e autonomia dos estudantes. A segunda etapa é a decodificação da palavra geradora o educando aqui escreve o nome da figura na lousa e a partir dela pede para os alunos formarem outras palavras. No terceiro passo acontece a análise e síntese da palavra geradora. Na quarta etapa é a fixação da leitura e da escrita o professor irá rever os passos da terceira etapa desenvolvendo outras palavras a partir das famílias trabalhadas.
5. CONCLUSÃO
Podemos supor que nesse artigo que o processo de alfabetização é complexo e cheio de fases que devem ser vividas a cada etapa do desenvolvimento humano, por isso este trabalho procurou mostrar a importância desse processo de alfabetização na vida escolar dos estudantes e a necessidade que os professores tem de conhecer as metodologias que venham trazer um melhor resultado para a sua turma.
Também queremos destacar que enquanto estão aprendendo é importante inserir atividades lúdicas no processo de alfabetização, pois elas contribuem para o desenvolvimento de diversas habilidades da criança, como o raciocínio lógico, interpretação, trabalho em equipe, curiosidade, pensamento crítico, autonomia,
Também ao longo desse trabalho foi realizado um percurso pelo processo de alfabetização nas últimas décadas onde pôde-se conhecer melhor as principais características do método sintético, analítico e de notação. Dessa forma, a partir dos estudos realizados chegou-se a uma conclusão de que não há um método próprio para alfabetizar, mas um conjunto de estratégias que facilitam o trabalho do professor. Explanamos de forma superficial, pois não era esse o foco, a importância que o docente perceba que cada criança aprende de forma diferente e que esse aluno não chega na escola vazio de aprendizado, mas traz uma bagagem de casa e que é preciso extrair dele esse conhecimento prévio.
Podemos perceber por meio dos estudos que muita coisa avançou no processo de alfabetização, mas que ainda há muito a se fazer para que as nossas crianças tenham realmente o direito de aprender respeitado.
Concluímos assim que os métodos de alfabetização são indispensáveis para a atuação do professor a respeito das adaptações curriculares e execuções de atividades para crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem. Quando as crianças praticam a escrita, elas reforçam conceitos, internalizam informações e aprimoram a capacidade de expressar suas ideias de forma clara e estruturada. A alfabetização e o letramento também contribuem para o desenvolvimento de autonomia na aprendizagem e para a capacidade de resolver problemas.
Diante de tudo que foi abordado podemos dizer que alfabetização vai muito mais além do que apenas ler e escrever. Alfabetização e Letramento têm que andar lado a lado, pois só desta forma poderemos formar indivíduos pensantes que refletem sobre o ato de ler e escrever, tendo assim consciência sobre suas práticas sociais e seus direitos como cidadãos.
6. REFERÊNCIAS
BULHÕES, Paulo Ney Silva. As novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) no ensino de administração: opiniões de professores e alunos do curso de Administração da UFRN, 2017.
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 6 ed. Petrópolis. RJ: Vozes, 2009.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.50.ed. São Paulo: Cortez, 2009
PIAGET, J. A epistemologia genética. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SALES, M. V. S. Uma reflexão sobre a produção do material didático. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 12, 2015, Florianópolis. Anais... São Paulo: Associação Brasileira de Educação a Distância.
SOARES, Maria Inês Bizzotto. Alfabetização lingüística: da teoria à prática. Belo Horizonte: Dimensão, 2010
SOUSA, Priscila. Alfabetização - O que é, conceito e definição. Conceito da UNESCO. 7 de Março de 2022.
SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação: reflexões a partir da Teoria Vygotskyana. 2013.
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002.
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989 . Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
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Como citar esse artigo:
AQUINO, Edailze Pelutti de; CIRQUEIRA, Tayson Silva; SILVA, Renan Costa. Alfabetização: uma breve reflexão sobre os métodos, fases e desafios. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 577-589. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.035
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