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Leydyana Garcia das Neves

A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA E A SUA ATUAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR

Atualizado: 6 de mai.

THE HISTORY OF PEDAGOGY AND ITS ROLE IN HIGHER EDUCATION





Como citar esse artigo:


NEVES, Leydyana Garcia das; MARGARIDO, Tatyana Garcia; MARGARIDO, Karina Garcia. A história da pedagogia e a sua atuação no ensino superior. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 187-198. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.009



Autoras:


Leydyana Garcia das Neves

Graduada em licenciatura plena em pedagogia pela Universidade do estado do Pará, com segunda licenciatura em artes visuais. FAVENI.  Pós-graduada em neuropsicopedagogia e educação especial e inclusão; e em gestão e administração financeira pela faculdade Prominas. Pós-graduação libras pela faculdade IPATINGA ÚNICA. Contato: leydyana2024@gmail.com.


Tatyana Garcia Margarido

Graduada em licenciatura plena em pedagogia pela Universidade do estado do Pará, com segunda licenciatura em artes visuais pela FAVENI. Pós-graduada DOCÊNCIA do ensino superior. Rio sono-ESEA e Pós-graduada em filosofia e sociologia – PROMINAS. - Contato: tatyy.ana@hotmail.com.


Karina Garcia Margarido

Graduada em Licenciatura plena em Ciências Naturais- Biologia pela Universidade do Estado do Pará- UEPA. Pós-graduada em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pela Faculdade Única de Ipatinga. - Contato: kkkarina12345@outlook.com.


RESUMO


O presente artigo verifica a evolução histórica da pedagogia e sua implementação no ensino superior. O estudo enfoca o desenvolvimento das práticas pedagógicas de docentes universitários, desde sua formação inicial até a prática educativa contínua. Utilizando uma metodologia de pesquisa bibliográfica, o trabalho analisa como a formação pedagógica afeta a qualidade da educação superior e discute o papel do professor universitário como formador de futuros profissionais. Os resultados indicam que apesar do reconhecimento da importância da pedagogia desde a Grécia Antiga, desafios significativos permanecem na preparação e prática dos educadores no ensino superior. A pesquisa sugere que a eficácia da formação docente é crucial para garantir práticas educativas de qualidade, destacando a necessidade de uma formação pedagógica mais integrada e aplicada na realidade universitária.

 

Palavras-chave: Formação de Professores; Docência Superior; Pedagogia; Prática Pedagógica.

 

ABSTRACT

 

This article examines the historical evolution of pedagogy and its implementation in higher education. The study focuses on the development of pedagogical practices among university educators, from their initial training to their ongoing educational practice. Utilizing a bibliographic research methodology, the paper analyzes how pedagogical training affects the quality of higher education and discusses the role of the university teacher as a trainer of future professionals. The results indicate that despite recognition of the importance of pedagogy from ancient Greece to the present, significant challenges remain in the preparation and practice of educators in higher education. The research suggests that the effectiveness of teacher training is crucial to ensuring quality educational practices, highlighting the need for more integrated and applied pedagogical training in the university context.

 

Keywords: Teacher Training; Higher Education Teaching; Pedagogy; Pedagogical Practice.

 

1. INTRODUÇÃO

 

O estudo do presente tema possibilita conhecer um pouco sobre a história da pedagogia desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Tem como objetivo mostrar as transformações que ocorreram até os dias de hoje e ressaltar sua atuação no ensino superior. A história da pedagogia tem origem na Grécia e apresenta uma definição significativa: paidós (criança) e agogé (condução). A educação na Grécia Antiga era vinculada às tradições religiosas recebidas dos seus ancestrais. Não havia mudanças; era passada de geração a geração da mesma forma.


Na Grécia Antiga, alguns escravos eram os responsáveis por levar as crianças aos locais de estudos, onde recebiam instruções dos seus preceptores. Havia educação para nobres e outras para plebeus, e nenhuma para os escravos, assim surge o pedagogo, um escravo doméstico que, além de conduzir as crianças nobres à escola, também era responsável por sua educação.


Isso mostra como a educação de crianças era considerada um assunto menor, ou seja, um assunto para ser resolvido em casa, e apenas pelas famílias que tinham boa condição.


Segundo Ghiraldelli (1987), após a dominação romana sobre a Grécia, houve mudanças em relação à educação. Os escravos eram os próprios gregos e, nesse caso, eles tinham uma cultura superior à dos seus dominadores. Assim, os escravos passaram a ser não só os condutores de crianças, mas também assumiram a função de preceptores.


A problemática pedagógica está presente em todas as etapas históricas desde a Antiguidade até os dias atuais. A partir da formação, o pedagogo passa a ser de fato e de direito, investido de uma função reflexiva, investigativa e, portanto, científica do processo educativo.


No século XVIII, a pedagogia teve como um dos principais iniciadores o monge João Comênio, conhecido dos gregos como “Paidagogia”, devido aos seus estudos onde a criança estava em primeiro lugar, e o estudante em geral, merecia cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva devido à sua imaturidade e à inexperiência da idade; a educação teria, pois, como princípio básico a experiência. Nada de ensinamentos precoces que a criança não seja capaz de compreender. Nada também de pressa para ensinar muitos conteúdos (Rousseau, 1995). Essa descoberta valeu a João Comênio o título de “Pai da Pedagogia”.


Comênio nasceu em 1592 em Nivnice, durante (1592-1670), o pensador tcheco é considerado o primeiro grande nome da história da educação, sua obra mais importante foi a “Didática Magna”, que marca o início da sistematização da pedagogia. Nela, Comênio coloca o homem como uma árvore que cresce sozinha e por virtude própria, mas, se quiser um fruto doce, é preciso que o agricultor a cultive. No livro, Comênio realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A obra de Comênio corresponde também ao “Despertar de uma nova concepção de criança”. A educação era vista e praticada como um castigo e não oferecia elementos para que depois as pessoas se situassem de forma mais ampla na sociedade. Comênio reagiu a esse quadro com uma pergunta: “Por que não se aprende brincando?”.


Comênio acreditava que, por ser dotado de razão, o homem pode entender a si mesmo e a todas as coisas. Portanto, é importante dedicar-se a aprender e a ensinar. Seguindo esse pensamento, Comênio conclui que o mais importante na vida não é a contemplação, e sim a ação, o fazer. A maior parte de sua vida foi cercada de guerras, algumas delas, como a Guerra dos 30 Anos, de protestantes contra católicos.


Foi no século XX que a criança passou a ser considerada um sujeito que pensa, onde as pessoas passaram a perceber que toda criança tem direito à infância. Pois a infância é uma fase importante da vida humana, fase em que a criança é capaz de construir seus conhecimentos. Pois são nos primeiros anos que a criança constrói seu sistema de valores e sua autoestima, sua capacidade de raciocinar, comunicar-se, de ouvir e perdoar, assim são capazes de resolver seus conflitos amistosamente.


Para trabalhar em uma creche, a pessoa precisava apenas de paciência e gostar de criança. Hoje, para trabalhar com educação infantil, é necessário ter curso de magistério superior, graduação ou licenciatura plena em pedagogia, precisa ser um profissional da educação. Pois ser pedagogo é uma ciência de ensino-aprendizagem que começou a se desenvolver no século XIX. Ela tem como objetivo principal a melhoria no processo de ensino/aprendizagem dos indivíduos.

 

2. A PEDAGOGIA NOS DIAS ATUAIS

 

Nos dias de hoje, nota-se que a Pedagogia, desde a sua origem, possui relação com a ação educativa, com objetivo, e as maneiras de ensinar. Segundo Ghiraldelli (1987, p. 41), a pedagogia está ligada ao ato de condução ao saber: "tem, até hoje, a preocupação com os meios, com as formas e maneiras de levar o indivíduo ao conhecimento". Através do homem, a educação continua o trabalho da vida; a vida aprende e ensina a sobreviver e evoluir. Ela ajuda a criar homens na troca de conhecimentos de uns para os outros.


Segundo Freire (1997, p. 22), o homem nada sabe por completo e deve estar sempre em busca do que lhe é desconhecido, para partilhar com o outro e para o outro, da troca de informações. Não basta apenas ser professor, temos que entender o nosso significado, porque ensinamos e para quem ensinamos. Freire (1997, p. 110) afirma que ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.


Na área da pedagogia, são abertas neste início de século várias oportunidades, dentre elas a atuação do profissional nos movimentos sociais, nas ONGs (Organizações Não Governamentais), além do espaço escolar, conquistando outros espaços sociais que até então não eram observados.

A pedagogia nos dias de hoje deve direcionar seu olhar para o preparo de uma nova classe de crianças, jovens e adultos que possam garantir uma vida digna.

Para Paulo Freire, “ensinar exige pesquisar” tanto por parte do professor quanto do aluno, uma vez que uma das funções do educador é criar a atitude de pesquisa nos alunos.

 

2.1 AS CORRENTES PEDAGÓGICAS BRASILEIRAS E SUAS INOVAÇÕES.

 

A partir dessas observações, é importante citar as classificações das correntes pedagógicas, tendo a pedagogia tradicional, que está enraizada na história da educação brasileira desde os jesuítas, cristalizando-se quando, no final do século XIX, chegam as ideias de Herbart. Sua essência diz respeito ao magistrocentrismo: o professor sabe e o aluno não sabe, mas com o auxílio, a orientação e os métodos propostos pelo professor podem vir a saber. Preocupa-se também com a moralização dos sujeitos.


As ideias da Escola Nova chegam ao Brasil na segunda metade do século XX, propondo uma pedagogia que se contrapõe diretamente à pedagogia tradicional, na medida em que centraliza toda prática pedagógica no aluno, respeitando-o como capacitado a aprender. Delimitam-se nesta perspectiva todas as pedagogias progressistas surgidas no século XX: a pedagogia libertária, a pedagogia libertadora e a pedagogia crítico-social dos conteúdos.


A pedagogia crítica surge nas duas últimas décadas, fruto de muitos estudos e teses, surgidas em estudos sobre o currículo enquanto recorte da sociedade levado para a escola. Visam à proposta de uma escola que reflita sobre as composições societárias, visando à emancipação dos sujeitos e suas aprendizagens. Nesta corrente, filia-se a pedagogia histórico-crítica.


Já se sabe que um espaço pedagógico eminentemente diretivo acaba por impedir a circulação de liderança e a constituição da autonomia. Quando só o professor tem direito de falar e o exerce de forma coercitiva, não permite a mais ninguém a livre manifestação de ideias, interesses, o revelar da historicidade.


Em uma época como a nossa, de liberdades inúmeras, manter esta postura é ser, no mínimo, incoerente e compactuar com a mediocrização dos sujeitos. O conhecimento produz-se em situações de transferência e, para tanto, faz-se necessária a liberdade de expressão, de ação, o diálogo.


A não-diretividade, por sua vez, precisa também estar embasada em alguns suportes, como o respeito, o espaço para sistematização, a produção coletiva. Quando, em uma sala de aula, confunde-se de conhecimentos, pois para não produção; para estar acontecer é preciso, a projeção no outro, daquilo que eu desejo.


Nos dias atuais há uma grande revolução na área da educação, fruto do mundo moderno, ou seja, do mundo burguês que nasceu do colapso do mundo medieval e feudal que são de vários passados, cada um com a sua trajetória de evolução que vem destacando até hoje (GHIRALDELLI, 1987).

De acordo com a citação do autor, as suas aspirações burguesas desejavam uma nova pedagogia que não fosse tão lenta e desatenta às novas condições que estão surgindo atualmente para o mercado de trabalho.


Segundo Rousseau, quando se fala em pedagogia nos dias atuais, estamos analisando todas as suas definições e seu verdadeiro significado, que vem desde a Grécia antiga até os dias de hoje, trazendo novas oportunidades para o profissional na área da educação.


Num sentido amplo, educar faz parte da própria vida. Sempre se ensinou e sempre se aprendeu, e, esticando os conceitos, pode-se dizer que o aprender e o ensinar são parte da natureza de qualquer ser vivo (ROUSSEAU, 2004, p. 25).

 

De acordo com a afirmação do autor, que foi um dos grandes pensadores nos quais a Revolução Francesa se baseou, apesar de seus conceitos irônicos de muitas de suas ideias, ele abordava a ideia de inovações para a educação do ser humano, pois o aprender e o ensinar fazem parte de qualquer ser vivo, basta a dedicação dos profissionais.


Em geral, a história da pedagogia teve várias modificações até chegar ao presente, que é hoje. Como a nova pedagogia está antecedendo a pedagogia herbartiana, com o objetivo de amenizar alguns problemas que surgiram devido aos conflitos e interesses entre trabalhadores que reedificavam escolas e desenvolvimentos urbanos e industriais que exigiam o mínimo de escolarização das classes populares.


Será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as condições para aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias. (DOWBOR, 1998).

Rousseau aborda em sua obra que criar escola, colocar em uma sala um professor e um punhado de crianças, ensinar a ler, escrever e fazer contas não é suficiente para que se possa chamar algo de educação. Portanto, vem ocorrendo cada vez mais e atingindo grandes mudanças no ensino dos indivíduos.


Para Jean-Jacques Rousseau (1712–1778), a educação da criança não deve ser vista como uma preparação para a vida adulta, mas sim tendo um valor em si mesma, afirmando que a criança deveria ser educada para si, para ser feliz e não para ser útil à sociedade.


Diante dessa afirmação, percebemos que Rousseau não viveu para ver essa revolução, mas com certeza seus pensamentos literários influenciaram positivamente essas massas revoltosas da revolução que, chegando ao fim do período, não administraram os últimos acontecimentos, facilitando assim para não haver a apropriação do poder pela maioria, e sim por uma grande parte limitada de sua revolução que aconteceu.


Portanto, ser pedagogo hoje é ser um profissional formado e dedicado à reflexão sistemática no campo pedagógico, podendo atuar nos mais diversos espaços, como educação formal e não formal. Em poucas palavras, pode-se afirmar que é ensinando que se aprende a ensinar, é educando que se aprende a educar, desde que o professor domine os conteúdos de sua área de trabalho.


Assim, a formação do pedagogo requer um contexto de trabalho pedagógico em processos de educação formal ou não formal. Podemos dizer que a competência do educador ou do pedagogo se constrói na práxis da intervenção educacional, seja formal ou não formal.

 

3. O PEDAGOGO NO ENSINO SUPERIOR

 

Quando falamos em formação de professores, vem-nos à cabeça o processo de formação para a docência na educação Fundamental e básica Dificilmente destacamos formação de professores universitários, como se a formação específica para o magistério nesse nível fosse algo supérfluo, ou mesmo, desnecessário.


No entanto, uma das críticas mais comuns dirigidas aos cursos superiores diz respeito à didática dos professores universitários. Tal fato pode ser constatado tanto através da literatura específica da área, como através de conversas com alunos em diferentes tipos de instituição e em diferentes cursos.


Quando dizemos que o professor sabe a matéria, porém não sabe como transmiti-la ao aluno, de que não sabe como conduzir a aula, não se importa com o aluno, é distante, por vezes arrogante, ou que não se preocupa com a docência, priorizando seus trabalhos de pesquisa, são tão frequentes que parecem fazer parte da natureza ou da cultura, de qualquer instituição de ensino superior.


Ao mesmo tempo, amplia-se cada vez mais a exigência de que os professores universitários obtenham os títulos de mestre ou doutor. No entanto, é questionável se esta titulação, do modo como vem sendo realizada, possa contribuir efetivamente para a melhoria da qualidade didática no ensino superior. 


A formação para a docência universitária constituiu-se historicamente como uma atividade menor. Inicialmente, havia a preocupação com o bom desempenho profissional, e o treinamento profissional, acreditava-se, poderia ser dado por qualquer um que soubesse realizar bem determinado ofício. Acreditava-se (como alguns ainda hoje acreditam) que “quem soubesse fazer, saberia automaticamente ensinar”, não havendo preocupações mais profundas com a necessidade do preparo pedagógico do professor (MASETTO, 1998, p. 11).

Em segundo lugar, também decorrência dessa ênfase na condução de pesquisas, os critérios de avaliação de produtividade e qualidade docente concentram-se, hoje, na produção acadêmica destes professores. Ou seja, ensino e pesquisa passam a ser atividades concorrentes, e como os critérios de avaliação premiam apenas a segunda, uma cultura de desprestígio à docência acaba sendo alimentada no meio acadêmico, comprometendo, como ressalta Pimentel (1993, p. 89), a almejada indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão.


É possível, portanto, concluir que a prática usual nas universidades concorre para esta desvalorização do ensino, transmitindo em sua cultura valores díspares para as duas atividades (ensino e pesquisa).


A título de exemplo, é válido mencionar que a legislação brasileira sobre educação, mais especificamente a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) é omissa em relação à formação pedagógica do professor universitário. Num acompanhamento detalhado dos diversos momentos de discussão da LDB (cf. SAVIANI, 1998, p. 144), é possível observar-se que na proposta inicial do então senador Darcy Ribeiro, a preocupação com a formação pedagógica dos professores universitários era contemplada.


A preparação do professor universitário tem se focado intensamente em sua especialização profunda em campos específicos do conhecimento. Vasconcelos (1998, p. 86) critica essa tendência, apontando que existe "uma negligência em relação à formação pedagógica de mestres e doutores provenientes dos variados programas de pós-graduação do país. Frequentemente, as universidades são povoadas por professores altamente qualificados em seus campos, mas que carecem de habilidades pedagógicas fundamentais". Isso levanta dúvidas importantes sobre como a especialização avançada oferecida pelas instituições de pós-graduação pode de fato contribuir para aprimorar a qualidade do ensino oferecido por docentes universitários.


Assim, percebesse que os cursos de formação, quando voltados exclusivamente para a realização de pesquisas, não atendem às necessidades específicas dos professores no tocante a suas atividades de docência. Ou seja, as qualificações oferecidas pelos cursos de pós-graduação, como atualmente estruturados, possibilitam aos professores a titulação, porém, a maior titulação não significa, necessariamente, melhoria na qualidade docente.


Tendo em vista as questões colocadas sobre a formação dos professores do ensino superior, torna-se necessário refletir sobre como se aprende a ser docente nesse nível de ensino. A reflexão, aqui proposta, aponta alguns elementos essenciais para a construção das competências necessárias e desejáveis para a atuação docente na universidade. A questão daí decorrentes volta-se para o entendimento de: como estes sujeitos se formam como professores? Qual o processo de aprender a ser professor? Como se constrói o conhecimento pedagógico compartilhado na docência superior? Qual a importância de uma rede de interações nesse processo?


O que os docentes pensam sobre ensinar e aprender está relacionado às suas experiências e a sua formação profissional, o que exige que pensemos sobre quem ensina e quem aprende no processo de formação.

 

3.1 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

 

  1. Desenvolvimento Profissional Contínuo: Futuras pesquisas poderiam explorar programas de desenvolvimento profissional contínuo que integrem eficazmente a teoria pedagógica à prática docente, especialmente focando em métodos que incentivem a reflexão crítica e a inovação didática entre professores universitários.

  2. Impacto da Formação Pedagógica: Estudar o impacto direto de uma formação pedagógica robusta sobre o desempenho acadêmico dos estudantes universitários. Isso incluiria análises longitudinais que acompanhem os efeitos de diferentes abordagens pedagógicas sobre a aprendizagem e a satisfação dos alunos.

  3. Interdisciplinaridade no Ensino: Investigar como a integração de diferentes disciplinas dentro do currículo universitário pode enriquecer as práticas pedagógicas e fomentar um ambiente de aprendizado mais holístico e integrado.

  4. Tecnologia na Educação: Avaliar como as tecnologias educacionais emergentes podem ser utilizadas para melhorar a formação pedagógica dos professores e enriquecer a experiência de aprendizagem dos alunos, particularmente em ambientes de aprendizado híbrido ou totalmente online.

  5. Feedback dos Alunos: Utilizar o feedback dos alunos como uma ferramenta para o desenvolvimento docente, explorando como suas percepções e experiências podem guiar as reformas no treinamento pedagógico dos professores universitários.

 

Por meio desses estudos, pode-se esperar desenvolver estratégias mais eficazes que preparem os professores universitários não só como especialistas em seus campos de conhecimento, mas também como educadores competentes e inovadores capazes de responder aos desafios educacionais contemporâneos.

 

4. REFERÊNCIAS

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 3. Ed. RJ; Paz e Terra, 1997.


GADOTTII, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre; Ed. Artes Médicas, 2000. Rousseau & Educação/ Danilo R.Streck- Belo Horizonte: 2004.

LIBÂNIO, J.C. pedagogia, Ciências da educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo; Cortez, 1996, p.127.


MACEDO, D. V., E. PAULA, B. B. TORRES. Formação pedagógica dos estudantes de pós-graduação. Campinas: Unicamp: São Paulo: USP, 1998. (Trabalho não publicado).


MARCELO GARCÍA, Carlos. Formação de Professores: para uma mudança educativa. Porto, Portugal: Porto Ed., 1999 (edição original Formación del Profesorado para el cambio educativo, Barcelona, Espanha: EUB, S. L., 1995).

MASETTO, Marcos (org.). Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 1998.


PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2002. (coleção Docência em Formação v. 1).

PIMENTEL, Maria da Glória. O professor em construção. Campinas, SP: Papirus,1993.


ROUSSEOU, Jean Jacques, Emilio ou da educação, R.T. Bertrand. 1995

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 4ª ed. Campinas-SP: Autores Associados, 1998.


VASCONCELOS, Maria Lúcia M. Carvalho. Contribuindo para a formação de professores universitários: relatos de experiências. In: MASETTO, Marcos (org.). Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 77-94.


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publicação de artigo científico

Esse artigo pode ser utilizado parcialmente em livros ou trabalhos acadêmicos, desde que citado a fonte e autor(es).



Como citar esse artigo:


MARGARIDO, Tatyana Garcia; NEVES, Leydyana Garcia das; MARGARIDO, Karina Garcia Educação especial: papel dos pais e da escola no processo da inclusão escolar. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v. 2, n. 2, 2024; p. 174-186. ISSN: 2965-9760 | DOI: doi.org/10.59283/unisv.v2n2.009


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